sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O FORO DOS PRIVILEGIADOS

O FORO DOS PRIVILEGIADOS

Ao menos os dez por cento pensantes da população brasileira, tem aversão ao foro especial, uma excrescência enxertada por corruptos em nossa Constituição.
Os danados que bolaram o esquema e o incluíram na carta magna de 1988, sabiam que processos encaminhados ao STF, principalmente envolvendo “suas excelências” , mofavam nos escaninhos do órgão, dormitando esquecidos até caducarem por decurso de prazo.
Com os ventos moralizantes do Mensalão e do Lava-Jato, o número de corruptos que procuraram o escudo protetor do foro especial multiplicou-se por mil, enquanto os julgamentos e condenações conforme previsto pelos malandros, continuou estabilizado no marco zero.
A grita popular instigada pelos dez por cento, motivou o povão que cerrou fileiras contra esse manto de impunidade, em vista da magnitude dos roubos perpetrados contra os cofres públicos e dos males que causaram ao país.
Quando o próprio Supremo, envergonhado por sua incompetência e imobilidade tenta reverter o assunto, mesmo depois de um pedido de vistas suspeito do ministro Alexandre de Moraes, garoto de recado do Temer, paralisando o processo por um longo período;
Quando já estava tudo praticamente decidido por 7 votos favoráveis a extirpação da excrescência;
Toffoli,  ex-office boy do PT, agora provavelmente engajado com a curriola do PMDB, pediu vistas novamente, impedindo a publicação do acórdão, que reduziria sensivelmente os beneficiários dessa mamata, alegando com cara de merda e justificativas toscas,  que o assunto está sendo tratado pelo Congresso.
Diante do evidente despreparo e compadrio de alguns ministros do  Supremo que a cada dia se tornam mais evidentes, caso do próprio Toffoli, Lewandoviski, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e até mesmo Fachin, alem de acabar com o foro privilegiado, o país precisa rever com urgência a forma de indicação dos futuros ocupantes da nossa mais alta corte.
Não podemos permitir que uma indicação dessa importância fique a cargo de apenas uma pessoa, mesmo que seja o Presidente da Republica, em alguns casos suspeito de envolvimentos em atos de a corrupção, tendendo a indicar apadrinhados para garantir uma blindagem  futura.
O nó da questão será de como resolver assunto de tal magnitude com um Congresso enlameado, com a maioria absoluta de seus membros envolvidos em crimes de todos os tipos e espécies.
Nó que só poderemos desatar com uma renovação total, tarefa praticamente impossível,  pois são os atuais picaretas que comandam as eleições e processos sucessórios.
Não há luz no fim do túnel.

José Roberto- 24/11/17


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