AGOSTO, MÊS DOS VENTOS E CACHORRO LOUCO

AGOSTO, MÊS DOS VENTOS E CACHORRO LOUCO

Mesmo com a memória rateando igual uma velha Brasília amarela,  ainda recordo que em meus tempos de menino, já tão distante, que agosto era um ótimo mês para empinar papagaios(pipas), pois os ventos eram fortes e constantes.

Também era o mês de cachorros loucos, que segundo a tradição, vagavam pela cidade babando em busca de água, que não podiam tomar devido sua loucura.

Naquela época, era comum que bandos de vira-latas vivessem  livremente nas ruas, sem eira nem beira, buscando o sustento em restos, latas de lixo e algumas boas almas que os alimentavam esporadicamente, pois ainda não havia essa consciência de proteção aos animais.

Passou o tempo, foram-se os cachorros vagabundos, mais veio uma praga muito pior.

Atualmente, em agosto,  os ventos continuam frios e fortes, e os cachorros loucos foram substituídos por nossos congressistas e políticos, “loucos, mas muito loucos por grana fácil”.

Essa nova espécie de “cão danado” necessitamos realmente temer, pois ávidos por poder e dinheiro não exitam em vender a si próprios e o país, desde que se locupletem, mesmo a custa da miséria do povo.

Povo insensato que elege esses animais corruptos, sem honra e sem pedigree, camaleões que durante a campanha prometem  mundos e após eleitos saqueiam os fundos,  mantendo a população necessitada em estado de indigência, dependendo de favores e migalhas assistenciais.

Em meio a esse turbilhão de insensatez, a saída possível, seria convocar as “carrocinhas” de outrora para cercar o congresso, prender as centenas de “cães danados”, conduzi-los enjaulados ao canil público e destiná-los a uma fabrica de sabão, como se fazia antigamente(segundo a lenda).

Embora esses desejos sinistros não passem de mera elocubração, comparada talvez a uma fábula, bem que torcemos para que o país seja desinfetado desse câncer, que poderá ser extirpado na próxima eleição.

Tarefa impossível, pois para tal, nenhum político atual deveria ser reeleito, nem mesmo parentes até a quinta geração.

Assim falou Zaratrusta, quero dizer, o Zé.

José Roberto- 07/08/17