terça-feira, 2 de agosto de 2016

O TRANSTORNO OLÍMPICO

O TRANSTORNO OLÍMPICO

Só mesmo o paulistano para imaginar o inferno que se abateu sobre os moradores da cidade do Rio de Janeiro.
O trânsito que já andava bem ruim devido as inúmeras obras, fodeu de vez  com a implantação das linhas verdes nas principais avenidas.
Essa Olimpíada pode ser muito boa para o comércio, para a área de serviços e para  a “putada” que vai faturar alto, porque para o morador comum, com todo o respeito, é uma grande merda.
Para ir ao supermercado, se não tiver uma paciência de Jô, só mesmo nas altas horas da noite ou de madrugada.
Estamos confinados em nossos apartamentos, pois ainda não nos acostumamos com os engarrafamentos quilométricos, tão comuns na capital paulista.
Ainda bem que vai ser apenas este mês, agosto, mês dos ventos e de cachorro louco(como se dizia antigamente).
Muitos discordarão do meu mau humor, sempre repetindo a velha deixa do “legado olímpico”, que a cidade será privilegiada com muitas obras, que trarão mais conforto ao carioca.
Com relação a mobilidade, realmente haverá grandes melhoras, principalmente com a ampliação do Metrô até a Barra da Tijuca.
Já ouvi pronunciamento, que os custos dessa extensão(8,5 bilhões) ficaram dentro dos valores médios internacionais(caralho!!! Será que alguém acredita).
Nosso prefeitinho brincalhão já disse mais de uma vez, que 70% dos custos das obras foram desembolsados pela rede privada, e 30% pelo poder público.
Vejam o caso da Vila Olímpica, mal acabada, dando a impressão que foi feita meio nas coxas, a exemplo da Vila do Pan, que até hoje continua afundando, literalmente, pois foi construída sobre um pântano.
A Caixa Econômica Federal emprestou quase 3 bilhões para o consórcio, obviamente com juros e prazos de dar inveja a um simples mortal.
E o prefeitinho gozador tem o descaramento de afirmar que isso é investimento privado, pois o terreno e os apartamentos são a garantia dos pagamentos futuros.
Na realidade, o poder público financia e torna-se obrigatoriamente sócio do empreendimento.
Se der zebra,  fica com o mico em suas mãos.
Até mesmo na construção do parque hoteleiro a situação foi bem semelhante, apenas mudando as personagens, entrando as Fundações no lugar dos bancos estatais.
As Fundações, principalmente a Previ, Petros, Funcef, entram como investidoras, ficando automaticamente sócias do empreendimento.
Momentaneamente, novesfora as comissões e desvios que encheram os bolsos dos diretores dos fundos, parece que tudo vai de vento em popa, pois vivemos o momento olímpico, com a cidade repleta de atletas e turistas.
O que acontecerá depois dos jogos, quando o exercito e a força nacional voltarem para as origens?
Se com todo esse aparato ainda acontecem assaltos a membros de delegações e jornalistas, imaginem o incremento de crimes que ocorrerá após a debandada do policiamento extra, pois os ladrões tentarão recuperar o tempo e a grana perdida.
O índice de criminalidade deverá aumentar sensivelmente, pois com o estado falido, a Policia Militar e Civil não tem grana para encher o tanque das viaturas, nem mesmo para pagar o salário desses servidores.
Duvido que venham turistas em numero suficiente para ocupar todos esses hotéis construídos para os jogos.
No frigir dos ovos, o abacaxi cairá no colo das Fundações, pródigas em acumular déficits bilionários, rateados entre os participantes e o Tesouro(sempre sobra para o contribuinte).
Mas, como diria o puto velho bigode tingido marimbondo de fogo Sarney: “O Tempo é o Senhor da Razão”.
Quem viver, verá!!!

José Roberto- 02/08/16



Um comentário:

  1. Quem realmente não é "Olímpico" sofrerá com trânsito e muitas coisas mais. Se gostar de televisão e não gostar de esportes pior ainda. Será olimpíadas o tempo todo. Agora, quem imaginou que estaria ganhando "Coroas de Louros" com as olimpíadas, o ex-melhor presidente Lula o poste sem luz de Brasília, nem poderão aparecer nas imediações das olimpíadas. Povo não quer vê-los. Graças a Deus, logo estaremos livres deles!

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