sexta-feira, 1 de abril de 2016

APRENDENDO A ENCONTRAR O CAMINHO


Escrevi esse texto há cinco anos atrás, sob forte emoção e pretendia republicá-lo exatamente no dia 13 de março, mas deixei passar.
Esse mesmo sentimento toma conta do meu peito nesse exato momento, em que faço a nova postagem,  pois não é mais possível acessá-lo através do Blog Terra, opiniaodoze.
O que mais lamento, é não poder recuperar os comentários ternos, sinceros e tão comoventes, postados por diversos amigos e pessoas que conheceram Maria Silvia desde pequena e tiveram oportunidade de acompanhar sua árdua labuta, que jamais termina.
Nossa filhota, de cabeça erguida, com um sorriso nos lábios, segue resoluta em frente.
José Roberto- 01/04/16



APRENDENDO A ENCONTRAR O CAMINHO

Aguardando com ansiedade declaração postada na segunda-feira, pelo Instituto do Genoma Humano, da USP, dando detalhes sobre a complicada doença da minha filha, exigência absurda da Receita Federal para reconhecê-la como minha dependente, ignorando atestados e históricos de médicos particulares, inclusive da MDA americana, eis que o porteiro informa sob a chegada de uma correspondência registrada.
Ao receber o pequeno embrulho endereçado a Silvia Ferraz, meio decepcionado, pois o prazo da intimação concedido pela famigerada Receita estava expirando, pensei tratar-se de mais um livro, dentre os muitos comprados por minha primogênita, via Internet.
Poucos minutos depois, pilotando com habitual destreza sua “potente máquina” e com um doce sorriso estampado no rosto, surge nossa filhota, resplandecente, feliz e orgulhosa, nos acendo com o pequeno livro que acabara de chegar.
Seu livro de poesias, com atraso, finalmente havia sido publicado.
Estávamos eu e Regina na sala, conversando e vendo TV, quando momentaneamente ficamos sem palavras, tomados por uma sensação intensa e indescritível, de amor, orgulho e felicidade, por essa grande conquista de nossa querida filha.
Conquista de uma doce e guerreira criatura, que apesar de suas limitações físicas, sem qualquer auxílio de nossa parte, sem nosso conhecimento, através de sua tenacidade e perseverança, superou todos os obstáculos, mantendo  contatos com diversas pequenas editoras, até conseguir seu tão almejado intento.
Fomos pegos de surpresa, uma grata e edificante surpresa, tão rara nos dias atuais, surpresa especial partindo dessa criaturinha tão amada.
Sabíamos que nossa filha gostava de escrever poesias, tendo inclusive oportunidade de ler uma e outra.
Quanto ao livro, foi mesmo uma doce e comovente surpresa.
Ainda não li, mas sei que “Aprendendo a Encontrar o Caminho” retrata os anseios, os sonhos e a dura realidade de um pequeno-grande coração, que pelos inescrutáveis desígnios do Criador, foi trazida ao nosso mundo como uma “pessoa especial”.
Quem conhece Maria Silvia, sabe que ela é mesmo especial.
Deus sabe o que faz.
Compensou músculos fracos com uma mente sagaz, aliada a uma alma alegre, generosa  e otimista, onde rancor e inveja não encontram espaço, desfrutando a vida e tirando o melhor dela, do seu jeitinho, respeitando e aceitando suas limitações.
Ficamos tão emocionados que foi difícil conter as lágrimas.
Ao longo dos anos temos acompanhado e partilhado o difícil caminho trilhado por nossa filha. Uma luta sem tréguas.
A vida é uma eterna caminhada, uma busca sem fim dos nossos sonhos que só termina quando ao apagar da chama.
Encontrar caminhos mais propícios, com menos tropeços e espinhos, é uma tarefa difícil, somente alcançada por poucos.
Foi um momento especial, de graça plena, porem, independente de tudo, sempre tivemos a mais absoluta certeza, que nossa querida filha, pelos próprios méritos,  “aprendeu a encontrar seu caminho”.

José Roberto- 17/03/11



E.T- Pretendo organizar o lançamento e noite de autógrafos, com toda pompa e circunstância, do livro de poesias “APRENDENDO A ENCONTRAR O CAMINHO”, justa homenagem aos esforços da minha querida Lalá.
Comunicarei a data com a devida antecedência, para evitar desculpas esfarrapadas.
Amigos, parentes e leitores do blog, estão intimados a comparecer a esse “grande” evento.






9 comentários:

  1. Já tinha me comovido ao ler esse lindo texto há cinco anos atrás.
    Relendo-o agora, sinto a mesma emoção, um misto de alegria e tristeza, sentindo em cada palavra um imenso amor de um pai, por sua filha, que é sem dúvida, muito especial.
    Abraços aos dois
    Pedro Paulo

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  2. Emoção contagiante que nos associa e reconforta o íntimo de quem os conhece de tão longa data. Maria Silvia é mesmo uma guerreira vitoriosa, e, com os pais e família que tem, não poderia ser diferente. Que prossiga incansavelmente na senda literária e que colha os bons frutos de seu empenho e inspiração.
    Luizinho.


    Luizinho.

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    1. QUERIDO E VELHO AMIGO LUIZINHO
      COMO SEMPRE, PRÓDIGO EM GENEROSIDADE, CONFIRMANDO NOSSOS INDESTRUTÍVEIS LAÇOS DE AMIZADE.
      ABCS.
      GIGI

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  3. A minha filha amada, minha escritora, meu grande orgulho.Os comentários de seu pai empatam com os meus, s[o só agradecer por tê-la.Beijo da mamãe.

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  4. Lindo texto ainda bem que recuperado. Não a conheci no sentido de papearmos mas sempre a via, quando morava aí na Lagoa e era sua vizinha, na barraca de coco da Dona Francisquinha aliás ela era muito querida por ela e seu marido, cujo nome esqueci. Como me mudei não o encontro nem tampouco sua filha, mas espero que esteja bem fisicamente na medida de suas limitações e feliz. Abs Ana

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    1. ARA AMIGA ANA
      SINTO SUA FALTA, POIS GOSTAVA MUITO DOS NOSSOS PAPOS, MAS AGORA VOCÊ ESTÁ LONGE.
      OBRIGADO PELAS BELAS PALAVRAS.
      ABCS

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  5. Caro amigo Zé,
    Você sempre gostou de ler muito e escreve bem diversos tipos de textos. Portanto, nada de mais que sua filha Maria Silvia, puxasse toda essa capacidade de escrever. O Melhor é que ela se enveredou pelo lado poético, coisas que não vimos você escrever. Ela, assim, veio completar a família escrevendo coisas do coração, com uma profunda sensibilidade. Parabéns Maria Silvia. Continue escrevendo para todos nós e cada vez mais conquistando leitores.
    Vandeco

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. QUERIDO VANDÉCO
      REPITO O QUE DISSE SOBRE A GENEROSIDADE DE MEUS VELHOS AMIGOS, QUE PERDEM SEU PRECIOSO TEMPO LENDO MEUS TEXTOS E MELHORANDO-OS COM COMENTÁRIOS OPORTUNOS, CORRETIVOS E ESCLARECEDORES.
      AGRADEÇO E FICO ETERNAMENTE GRATO PELA ATENÇAO QUE DISPENSAM A MILHA FILHOTA E TAMBÉM AO VELHO PAÍ.
      ABCS
      GIGI

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