A HORA E VEZ DOS POLÍTICOS

A HORA E VEZ DOS POLÍTICOS

Custou, mas os tentáculos da nossa morosa justiça estão começando a beliscar os políticos corruptos envolvidos no Lava-Jato.

O mérito dessa façanha cabe exclusivamente ao Juiz Sérgio Moro e sua equipe, que se desdobra para provar que todos são iguais perante a lei.

Parece, que dessa vez está conseguindo, embora tenha ainda um longo caminho a percorrer, pois esse safados contam com uma excrescência jurídica criada por eles próprios, para se auto-proteger, o foro privilegiado.

Até pouco tempo atrás, o diploma de senador, deputado, governador, era o passaporte seguro para a impunidade, pois os crimes cometidos por esses sacripantas eram encaminhados ao STF, e via de regra, engavetados e extintos por decurso de prazo.

Esse cambalacho começou a mudar no processo  do Mensalão, onde nosso Pelé justiceiro, o ex-Ministro Joaquim Barbosa, derrubou a certeza da impunidade, condenando alem de agentes da área privada, políticos, se bem que, graças ao servilismo de alguns membros do Supremo, os políticos receberam penas bem mais leves.

De qualquer forma, foi o sinal que os tempos mudaram, as mamatas acabaram, e os políticos teriam que ser mais cuidadosos em suas armações e trambiques.

Nessa etapa do Lava-Jato, o Juiz porreta, tenta enquadrar  senadores, um deputado federal e dois ex, que receberam grana desviada dos contratos da Petrobras.

Os contemplados foram o manjado Fernando Saco Roxo de Mello, Ciro Nogueira, que de sambista só tem o nome, Fernando Bezerra Coelho, um bezerro mamador, deputado Eduardo da Fonte “Poluída”, ex- João Pizzolatti, que achou que tudo terminaria em pizza, ex- Mario Negromonte “de Bosta”, corrupto manjado que roubou por onde passou e finalmente, Tiago Cedraz, “grande advogado” , filhinho querido de ministro do TCU, que cobrava caro para antecipar e influir no julgamento das obras super-faturadas.

Esse filhinho do papai merece um capítulo a parte, comentando sua ascensão meteórica no meio jurídico de Brasília e conseqüentemente, sua farta acumulação de riqueza.

Convém salientar, que faltaram entrar nesse rol de senadores corruptos investigados, o fazendeiro do ar Romero Jucá, Valdir Raupp,  Lindeberg Farias e mais alguns que não recordo.

Como esperado, os que mais reagiram a investigação e apreensão de bens, foram o Saco Roxo de Mello e o Cachaço Renan Calheiros, velhas e espertas raposas, que apesar de estarem lesando o patrimônio público desde longa data, sempre se deram bem.

Podem espernear e berrar a vontade, pois o Juizão continua acumulando provas, para finalmente metê-los na cadeia.

Ficamos na expectativa das investigações chegarem a Câmara Federal, onde a safra de corruptos e mais farta.

Está chegando a hora....

José Roberto- 15;07/15