sexta-feira, 13 de março de 2015

PROCURANDO ASSUNTO

PROCURANDO ASSUNTO

Nesta sexta-feira 13 do ano do Petrolão, cá estou eu a matutar sobre algum assunto que valha a pena ser abordado , pois de corrupção e roubalheira já escrevi a semana inteira.
Hoje levantei um pouquinho mais cedo que o habitual, as 04,00 da matina.
Trocando de posições no “trono”, para evitar a dormência das pernas, li até as 05,30, não antes de abrir a porta para a entrada sonolenta de Vick, meu fiel escudeiro e companheiro de todas as horas, até mesmo nos momentos em que o brasileiro mais folgado é obrigado a “fazer força”.
Depois de um rápido banho e barba feita, antes da chegada da nossa “auxiliar”, faço e tomo o café da manha, sempre com Vick a meu lado, que com olhar pidão, ganha alguns pedacinhos do meu pão com queijo.
As 06,00 horas, acordo minha também fiel e teimosa secretária, que de manhãzinha não é chegada a muita conversa.
Deixo-a tomando café e saio para um volta rápida com Vick, que hoje está ansioso para ir a rua. Tem dias que se recusa a sair tão cedo, preferindo voltar a dormir, dando sua esticada depois das 8,00, com alguém de casa.
Na calçada em frente ao prédio, noto que o lixo não foi recolhido de madrugada, devido a greve relâmpago iniciada pelos garis da Conlurb.
O cheiro que exala dos recipientes, muitos deles abertos durante a noite por mendigos que buscam objetos de metal e plásticos para reciclagem, é bem desagradável.
Como o céu está límpido, prenunciando um dia ensolarado, a situação vai piorar se o lixo não for recolhido a tempo, pelos lixeiros ou de volta aos prédios, confinado nos locais apropriados.
Passeio rápido, chegando ao escritório por volta das 07,10 horas, não antes de apanhar na banca de jornais, o exemplar de O Globo .
No escritório, após as operações usuais, ligar a luz, ar condicionado, computador, retomo em seguida a posição de leitura e reflexão, no trono, para a segunda etapa de minha “obra” diária.
No jornal nenhuma novidade, a não ser as juras e afirmações de que todos enrolados no Petrolão são inocentes, que jamais conheceram ou receberam grana das empreiteiras e operadores, são todos uns “santos” acusados injustamente, por inveja ou rivalidade política.
Eduardo Cunha foi praticamente beatificado por seus pares(ou comparsas?).
Até o ex- Presidente da Petrobras, o chavecudo do Gabrielli, jurou em altos brados, ser impossível perceber a ação dos corruptos na empresa, considerando normal que uma obra orçada em milhões, custe nos finalmente, bilhões, por conta de aditivos sem fim.
O cegueta do Gabrielli, não enxerga nada de anormal nessas variações de custo astronômicas.
Pô, disse que não escreveria sobre o Petrolão, mas por força do hábito derrapo e volto a “vaca fria”, ao sambinha de uma nota só.
Só que no caso do Petrolão “a nota é preta” ou melhor, afro-descendente.
Encerro o texto sem chegar a lugar algum, jurando que falhei por falta de inspiração, que até prova em contrario, sou inocente.


José Roberto- 13/03/15

3 comentários:


  1. Mesmo quando você escreve abobrinhas é uma alegria ler seus textos, duros, amargos, destrambelhados, as vezes ternos, bem humorados, mostrando detalhes da vida real.
    Você sempre dá um jeitinho de achar um assunto para a crônica do dia.
    Abraços,
    Pedro Paulo

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  2. A respeito do compromisso diário com o "trono", lembrei-me de um arremedo de poesia que vi há muitos anos num restaurante da via Dutra, que prega:
    "Neste momento solene,
    Onde a vaidade se acaba,
    Todo covarde faz força,
    Todo valente se caga!"
    Nenhuma conotação pejorativa ao querido escriba, apenas um registro engraçado.
    Luizinho.

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  3. Também gostei desta bem humorada crônica, que inclusive ressalta que só temos "santos" no congresso. Vejam bem, os delatores devem ser "loucos", pois, apontam um monte de políticos, bem como a Dilma e o Lula, mas o que os políticos dizem é que nem os conhecem, nunca falaram com eles, não receberam propinas e por aí vai. Estou antevendo é que eles irão permanecer na cadeia e os políticos permanecerão no congresso, na maior cara de pau, continuando, como sempre, roubando os impostos que pagamos. Isto é Brasil!

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