ONDE MORA O PERIGO

ONDE MORA O PERIGO

Quem viu o depoimento de Pedro Barusco ontem na CPI da Câmara, ou parte dele, deve ter ficado abismado com a tranqüilidade que o mega gatuno revelava o funcionamento do esquema que sangrou durante anos, os cofres da Petrobras.

Nos governos anteriores a chegada do PT ao poder, Barusco já se locupletava com uma grana razoável. Após a implantação do esquema do partido dos trabalhadores que não trabalham, mas que roubam pra valer, o gerente executivo sentiu-se como “pinto no lixo”.

Se antes da formação da quadrilha a propina que entrava já era farta, depois dos “chavécos” e de se tornarem “sócios” das obras, os dólares inundaram os cofres, cuecas e caixas 2 como um tsumani.

O grande trabalho dos “operadores” foi correr os paraísos fiscais abrindo centenas de contas secretas, tarefa por demais cansativa, mesmo levando em conta as farras, sacanagens e mordomias, propiciadas pelos Bancos desses países tão acolhedores.

Com toda a sujeira transbordando, com o excelente juiz Moro apertando o cerco contra os gatunos, com o início dos indiciamentos pelo STF, surge de mansinho, uma grande ameaça.

Para dar celeridade aos julgamentos, o STF decidiu que com poucas exceções, os processos serão julgados por uma de suas duas Turmas.

O processo do Petrolão ficou a cargo da Segunda Turma, que conta apenas com quatro juizes, tendo em vista a demora da Presidente Dilma em indicar o sucessor de Joaquim Barbosa(o Pelé do Mensalão).

Na moita, o ex-funcionário do PT, ministro Dias Toffoli, se ofereceu e será transferido da Primeira para a Segunda Turma, completando o quadro e por questões regimentais, ocupando a presidência dessa mesma turma, a partir de maio próximo, substituindo Teori Suvaco de Cobra.

Justamente quando estará esquentando o processo contra os corruptos do Petrolão, assumirá a presidência da Segunda Turma, um ministro que já demonstrou sua complacência para com os membros do seu antigo empregador, conforme evidenciado no julgamento do Mensalão.

Toffoli na Segunda Turma é um sério risco, possibilitando a manutenção do “status quo”, ou seja, pena levíssima para os políticos e “ferro na boneca” dos empresários.

Ainda há tempo para os diretores das empreiteiras e seus advogados abrirem l o bico, pois se derem moleza, serão convertidos em “boi de piranha”.

É justamente aí, que mora o perigo!

José Roberto- 11/03/15