quarta-feira, 25 de março de 2015

DOCES OBRIGAÇÕES DE UM AVÔ

DOCES OBRIGAÇÕES DE UM AVÔ

Ontem as 06,40, já estava saindo para o escritório, quando lembrei que minha filha levaria Letícia ao dermatologista, no período da manhã.
Enviei-lhe um “zap-zap” perguntando se iria acompanhada, pois Lelê, com quase um ano e oito meses já está bem sabidinha, tendo demonstrado claramente que não simpatiza muito com a classe médica.
Resposta negativa quase de imediato, dispensei minha teimosa assistente de sua labuta diária, considerando que alem da produção do texto do blog, nada havia em minha agenda, salvo o compromisso diário de coçar o velho saco.
Fui recebido com muita alegria pela minha neta, apesar de perguntar constantemente pela vovó, pois normalmente ela nos encontra juntos, preferindo obviamente os carinhos da vovó, por quem nutre especial predileção.
Talvez, o macete seja visitá-la sozinho mais vezes, obtendo assim sua total atenção. Não que seja ciúmes, pois sou um avô dedicado e essa história de sempre preferir o colo e os agrados da avó, as vezes cansa!
Chegamos ao consultório da dermatologista com uns quinze minutos de antecedência e Lelê estava animada, conversando e brincando sem qualquer constrangimento.
Bastou a “doutora” abrir a porta do consultório e toda gentil, brincando com a Fefê, nos convidar para entrar, para minha neta armar um bico e um interminável berreiro.
Minha netinha está traumatizada com o pediatra, que visita com razoável freqüência.
Alem de ser um bom pediatra(pelo menos é o que dizem e o valor da consulta), o sádico é um especialista em vacinas, fazendo questão de demonstrar sua especialidade em todas as consultas.
Minha neta não sai de seu consultório sem ao menos umas “duas espetadas”, deixando-a obviamente “cabreira”, contra qualquer pessoa vestida com um jaleco branco.
Esse pediatra deveria ser apelidado de Dr. Fura-Fura, pois deve ser o terror de seus pequenos e indefesos clientes.
Pelo jeito e pelo berreiro, minha neta saiu ao tio e padrinho, Junior, um cagão de primeira.
Júnior, já grandinho, quanto tinha que tirar sangue para algum exame dava tremendos vexames, gritando: “agulha não, agulha não”.
Aquela que deveria ser uma consulta sem maiores problemas, pois a dermatologista apenas olharia a pele irritada sem maiores agressões, devido ao choro incessante e ao nervosismo da netinha, foi uma tarefa um pouco mais complicada.
Ainda bem que o avô estava presente para aliviar a situação, embora com pouco sucesso, pois Lelê se derramou em sentidas lagrimas, até o momento em que deixamos o “recinto”.
O duro é lembrar que terá que retornar na próxima semana, para a médica ver a evolução do quadro.
Vou transferir esse encargo para a vovó, pois corta o coração ver a pequena e esperta Letícia debulhando-se em lagrimas, com o narizinho escorrendo, agarrada no pescoço da mãe como um bichinho assustado.
As vezes, os encargos dos avós não são assim tão doces e prazerosos, mas temos que estar presentes e solidários.
Como sou um homem “educado”, deixarei de bom grado, que Regina assuma esses encargos.

José Roberto- 25/03/15





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