CORRUPÇÃO NO TRIBUNAL DA RECEITA

CORRUPÇÃO NO TRIBUNAL DA RECEITA

Sempre desconfiei que havia alguma coisa de errado com o pessoal da Receita Federal, que analisa e julga nossos recursos e apelações.

É obvio, que os burocratas da Receita devem “cagar e andar” para contribuintes insignificantes e chatos como eu, que ao invés de pagar as multas como cordeirinho, vive pentelhando, questionando , enchendo o saco de pessoas importantes que tem muito mais que fazer.

Realmente esses super funcionários públicos não tem tempo a perder com arraia miúda, velhotes asmáticos que superlotam consultórios médicos e dão prejuízos aos planos de saúde.

Quando recebem um desses insípidos processos para análise, vestem luvas e mascaras de proteção, minimizando os contatos com as maçarocas lamurientas, evitando germes e vírus, inclusive aqueles enviados pelo próprio computador.

Limitam-se a olhar enviesado para o recurso e mesmo sem ler um virgula sequer, tascam logo uma multa, proporcional ao volume de paginas que estimam ter a petição lamurienta.

Para dar uma aparência legal ao embuste, anexam ao parecer não maior que três linhas e a justificativa da multa, xerox de trinta folhas da legislação padrão, como se tivessem realmente se dedicado a análise do processo.

O importante mesmo, é cuidar dos casos que valem a pena, de gente graúda, que frauda e tenta engrupir a Receita em bilhões.

Como é bom tratar com gente de outro nível, o “crème de la crème”, magnatas com batalhões de advogados gentis e camaradas, sempre prontos a discutir as pendengas em restaurantes maravilhosos, regados a vinhos finos e sobremesas ainda mais supimpas.

Sem mencionar as tardes de relax, numa agradável sauna ou casa de massagens, paparicado por duplas de garotas na flor da idade, saboreando um “Blue Label”.

Essa gente sabe como tratar funcionários púbicos lotados em cargos chaves, dedicando-lhes o devido respeito e oferecendo prendas compatíveis com sua nobre função.

Melhor ainda, quando os querelantes se fazem acompanhar por um dos próprios ex-chefões da Receita, que oferece seus inestimáveis préstimos as infelizes vítimas, penalizadas com multas de bilhões de reais.

Multas que obviamente logo são comprovadas como indevidas, fruto do trabalho impreciso de algum funcionário de pequeno escalão, afoito, oportunamente corrigidas, canceladas ou rebaixada a patamares ínfimos, graças ao esforço conjunto dos super-funcionários e do corpo jurídico do reclamante.

Nada de mais, se após hercúleo esforço, presentes, grana e “otras cositas mas” aparecerem milagrosamente na conta dos tão dedicados funcionários.

Lidar com o pessoal da “High Society são mesmo outros quinhentos”.

Na real, é bom mesmo que esse pessoal da Receita, saia do pedestal e prove do próprio veneno.

Diferentemente do contribuinte indefeso, esses corruptos de alto escalão deveriam ser chicoteados em praça publica, pois valem-se do cargo para infernizar os pequenos contribuintes, mamando e refestelando-se com os “maiorais”.

José Roberto- 27/03/15