quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A HORA E VEZ DA ELETROBRAS

A HORA E VEZ DA ELETROBRAS

Em nossa terra, “em se plantando, tudo dá” e espremendo estatal, a merda logo esguicha.
Como não poderia deixar de ser, a operação “Lava-Jato” que está expondo as entranhas putrefatas da Petrobras, terminaria por respingar em outras estatais e ministérios, pois tecnicamente os corruptores são os mesmos e sobra corruptos em empresas e órgãos do governo.
Já comentei em textos anteriores, que após a criação do ONS-Operador Nacional do Sistema e da EPE-Empresa de Planejamento Energético, a Eletrobras perdeu na prática a razão de sua existência, pois seu escopo principal foi transferido a essas empresas.
Até então, a Eletrobras era a responsável pelo planejamento e coordenação do setor elétrico brasileiro, executando essa tarefa com exímia competência, inclusive nos períodos de crise e racionamento.
Em meados de noventa e dois, com a perda de funções vitais, o quadro de funcionários vinha sendo reduzido, com incentivos e algumas demissões, chegando a um patamar de 1.000(mil) empregados.
Após a invasão de Brasília pela camarilha petista, a Eletrobras ao invés de continuar com sua política interna de redução do quadro, inventou novas funções, reestatizando empresas de energia elétrica que após privatizadas, haviam sido totalmente rapinadas pelos gestores privados, “comerem a carne e devolveram o osso ao governo”(casos típicos da Celpa, Eletroacre, Ceal e outras).
Assumindo um novo papel, incorporou atividades de suas subsidiárias, (Chesf, Eletronorte, Eletrosul), participando diretamente das licitações para construção e operação de linhas de transmissão e usinas, segundo consta até no exterior.
Obviamente o quadro de funcionários voltou a inflar, com contratações diretas e com a perigosa e descontrolada terceirização.
Se na época áurea, quando a empresa era realmente respeitada no setor já haviam sido descobertas diversas maracutaias, imaginem o que não deve ter ocorrido após a politização da empresa, envolvida em obras suspeitas que estão sendo executadas pelas mesmas empreiteiras arroladas no “Lava-Jato”?
A Usina de Jirau, no Rio Madeira, Rondônia, está na alça de mira do Ministério Público, pois as águas represadas já exalam o sintomático “mau cheiro” das trambicagens.
Talvez uma investigação minuciosa e um processo semelhante a que inevitavelmente teremos no Petrolão, seja a tônica para reformulação geral da Eletrobras e de suas subsidiárias, eliminando-se a superposição de funções e atividades, reduzindo eventualmente o numero de empresas e principalmente, “defenestrando a escória político-sindicalista que infesta o setor”.
Talvez esse ainda seja um sonho possível, pois Dona Dilma, terá nesse segundo governo uma penosa travessia.

José Roberto- 19/11/14




5 comentários:

  1. Êste chocão vai ser de 440 V !

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  2. A foice deve passar em todas as estatais que foram "privatizadas" para os partidos politicos e sindicatos. Eu recomendo que apos a Petrobras e Eletrobras, se de vez a Telebras, empresa que foi extinta e ressucitada da cova, pelo governo PT, que vai construir satelite com capacidade para os militares, sistema de cabo submarino internacional ligando o Brasil ao mundo, em paralelo com outros ja existentes e outras pendengas, tudo a custo de bilhoes de reais - olho grande nao falta.

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  3. Só 440 V? Bota volt nisso. É coisa para 500.000 V, transformados em bilhões de reais.
    Bom mesmo é ser conselheiro dessas empresas da Eletrobras, para receber jeton sem fazer porra nenhuma.
    Até eu que sou bobo, adoraria mamar nessa teta.

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  4. Se o Delegado Sérgio Moro conduzir a investigação mais fundo, com certeza descobrirá muitas outras grande obras com superfaturamento. Tá na cara que todos os grandes empreendimentos em aeroportos, estradas, portos e por que não as hidroelétricas e linhas de transmissões e outras, eram repartidas entre o cartel de empreiteiras. Pelo andar da carruagem temos Mensalão, Petrolão, bolsalão, Cubão ( mais médicos e porto Mariel) e por ai vai, tudo no superlativo.

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  5. E eu esqueci do principal. Agora também teremos o : "ELETROLÃO".

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