quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

ZÉ CONTRA O SANTANDER

ZÉ CONTRA O SANTANDER

Ontem meu blog passou em branco, pois estive empenhado em outros importantes afazeres.
Compareci a primeira audiência no Juizado Especial, relativa ao processo que movo contra o Banco Santander, por danos morais e financeiros.
A história é a seguinte:
Há mais de dez anos contribuo para a Previdência privada do Banco, com a finalidade de deixar um rendimento extra para minha primogênita, Maria Silvia, portadora de distrofia muscular, que alem de ser minha rebelde secretaria executiva, é minha dependente junto a Receita Federal.
Como sou freguês de carteirinha da Receita, ao ser intimado ano passado, para comprovar despesas médicas e outras deduções relativas ao exercício de 2012, constatei, que o valor informado pelo Santander, era inferior ao que eu havia declarado, causando uma inconsistência, prontamente notada pelos olhos inclementes do fisco.
Conferindo os boletos das importâncias pagas ao longo do ano, notei que minhas informações estavam corretas, havendo uma diferença de R$ 1.200,00, correspondente ao valor pago na boca do caixa, em 03/12/12.
Entreguei uma cópia do boleto a gerente de minha agência, que no mais puro estilo Pilatos, lavou as mãos, alegando que assuntos relativos a Previdência não eram de sua alçada. Limitou-se a fornecer um telefone de São Paulo para contatos.
Liguei para o numero indicado sendo atendido por um gentil funcionário, que confirmou não haver qualquer registro o pagamento efetuado em 03/12/12.
Diante de minha argumentação, solicitou que e enviasse por email, uma cópia escaneada do comprovante.
Tentei enviar o email umas doze vezes, sem sucesso, pois era recusado e devolvido de imediato.
Falei novamente como o prestimoso funcionário que me forneceu outro endereço, para o qual enviei novamente outra dúzia de emails, todos devolvidos como os anteriores.
Constatei, que sem anexos, os emails chegavam ao destinatário.
Troquei diversas correspondências com o funcionário do Banco, sendo até mesmo satírico e indelicado, pois parecia que o sujeito estava “gozando com minha cara”.
Ele insistia para que enviasse o email com anexos, embora eu o tivesse alertado, que algum filtro nos sistemas do Banco, impedia o recebimento do email com penduricalhos.
Tentando remediar, entreguei nova cópia do boleto a minha gerente,  que se disse impossibilitada de encaminhá-la, alegando que esses assuntos deveriam ser tratados diretamente com a área de Previdência.
Óbvio que desacatei a merda da gerente, pela sua patente má vontade, falando alto e dizendo umas baixarias. Não resolveu, mas serviu ao menos como desabafo.
Continuei na lida com o funcionário de São Paulo por mais uns dois meses.
Parecia brincadeira de criança.
Eu ligava, esperneava, esbravejava, insultava e o calmo funcionário solicitava que enviasse novo email, com os respectivos anexos.
Depois desse longo e desgastante período, com o saco quase estourando, procurei um advogado conhecido que se incumbiu de acionar o banco na justiça, buscando reaver os 1.200,00 , alem pleitear uma indenização por danos morais.
No ajuizamento, juntei cópia das dezenas e emails enviados e devolvidos, bem como de nossa picante troca de correspondência, que sem os anexos, fluía normalmente.
Muito estranho desaparecer misteriosamente 1.200,00 pagos na boca do caixa, pois sabemos que no fechamento diário, diferenças tem que ser achadas e solucionadas.
Não é à toa, que o Santander é o banco campeão de ações na justiça. Cresceu muito sem estar preparado.
Só espero que o Juizado Especial me de uma força, fazendo reaparecer minha grana, devidamente corrigida e mais uma quireras, para tomar umas e outras, esquecendo definitivamente esse aborrecimento.
O Santander tem o poder econômico, mas eu tenho a língua comprida.

José Roberto- 05/02/14


2 comentários:


  1. Apesar de toda dor de cabeça, você vai sair no lucro.
    Vai faturar uns quebrados, para se distrair e tomar todas.
    Espero que junto com os amigos.
    Pedro Paulo

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  2. Caro Gimael,
    Você poderia ter me enviado a documentação. Eu entregaria em mãos, com protocolo, no Santander em São Paulo. Agora, vamos esperar a sua vitória para a comemoração.
    Vanderlei

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