quarta-feira, 3 de abril de 2013

A EMINÊNCIA PARDA 2


A EMINÊNCIA PARDA 2

Merval Pereira, em sua coluna, hoje, em O Globo, aborda com seu estilo impecável e contundente, fundamentado em estatísticas, estudos, pareceres de especialistas, parte significativa do teor do meu texto de ontem.
Longe de querer comparar-me a esse brilhante repórter e escritor, que prepara seus ensaios com esmero, caprichando na escrita e na forma de apresentação.
Como já é do conhecimento dos meus minguados leitores, escrevo de estalo, buscando inspiração no trajeto para o escritório, ou sentado no trono, lendo as principais matérias do dia.
Voltando ao tema e reafirmando o escrito de ontem, constato que Dona Dilma não perde tempo.
Pela sexta vez em dois meses, vai ao nordeste, anuncia medidas e dinheiro farto contra a terrível seca que assola a região e “humildemente”, encerra sua peroração agradecendo a votação recebida em 2010.
Não consegue disfarçar que está em ritmo alucinado de campanha e como ela mesmo diz, “fazendo o que o diabo gosta”.
Ao contrario do ditado popular, “por traz de todo grande homem, há uma grande mulher”, atrás de Dona Dilma, o grande Ministro da Propaganda.
O “mago” João Santana não deixa a “peteca cair”, estimulando a Presidente a não esquentar o trono em Brasília, continuando seu périplo pelo país, principalmente pelas áreas atingidas por catástrofes climáticas, caso da seca e enchentes.
Com a voz embargada, Dona Dilma promete aos miseráveis, mundos e fundos, paparicada por governadores pluripartidários que também só pensam na reeleição. A Presidente, como se incorporada por algum espírito, por pouco não realiza milagres, fazendo até mesmo chover nessa sua ultima passagem por Fortaleza.
Milagres e promessas que se dissipam, quando os mais argutos resolvem pensar e examinar os fatos, separando a realidade da ficção.
Milhões gastos com a questionável transposição das águas do São Francisco, com obras abandonadas, deterioradas com o passar do tempo.
Ferrovia Norte-Sul, cujos trilhos fizeram a riqueza de muitos, comandada por um tal de Senhor Juquinha, que até hoje, liga nada a lugar nenhum.
Verbas prometidas contra os assolados por secas e enchentes, que alem de saírem minguadas, muito aquém do prometido, são desviadas pelos prefeitos e políticos das regiões afetadas, chegando apenas migalhas aos reais necessitados.
Mas o “Alquimista” não deixa a “bola baixar”. Dona Dilma, que no primeiro ano de governo foi uma reclusa, avessa aos holofotes e falatórios, tomou gosto pelo show bis, fazendo de tudo para aparecer diariamente na mídia.
Um grande caminho já foi percorrido.
Um poste que diziam ser uma ótima gerentona(conversa fiada), mesmo na menopausa, foi transformada em Mãe do PAC e por passe de mágica, em mãezona do Brasil.
Com a assistência do Mago, ginecologista mercadológico, especialista em inseminação artificial de propaganda, utiliza suas técnicas para que Dona Dilma consiga seu almejado segundo filho, ou melhor dizendo, o segundo mandato.
Não perca amanhã, o terceiro capitulo da série(aqueles que tiverem saco).

José Roberto- 03/04/13



2 comentários:


  1. Você realmente está escrevendo muito bem, apresentando fatos políticos do dia a dia de uma forma mais palatável, mais irresponsável, porém sempre colocando o "dedo na ferida".

    Pedro Paulo

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  2. Dá para notar, que os governadores do nordeste, onde o governo e fortissimo com seus bolsas familias, não importa o partido a que pertençam, não querem desgrudar sua imagem da Presidente, que abocanhará a maioria absoluta dos votos da região, levando-os a reboque.
    São oportunistas desleais, como todo bom político.

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