terça-feira, 31 de outubro de 2023

ALERTA AOS VELHOTES SABICHÕES



 

ALERTA AOS VELHOTES SABICHÕES

 

Sábado retrasado, dia 21, disputando uma aguerrida partida de duplas, tentando devolver um lobby traiçoeiro, já cansado, exagerei, trombei com a proteção no fundo da quadra, ricochetei e caí, batendo fortemente o cotovelo.

Jogo interrompido, era a terceira partida, pessoal preocupado, mas achei que era só uma pancada dolorida e partimos para nosso canto, onde após as pelejas, degustamos nossas cervas e tira-gostos.

A tarde, a dorzinha foi aumentando, o braço esquerdo ficando rijo, com movimentos tolhidos, e por volta das 18,00 horas, acompanhado de meu filho, fomos a um pronto socorro ortopédico, o único aberto nas proximidades, onde fui atendido e diagnosticado.

O médico que me atendeu, questionou sobre o ocorrido, apertou um ponto dolorido no meu cotovelo e me encaminhou para as necessárias radiografias.

Como não aceitavam meu convênio, o atendimento foi particular, e depois das radiografias tiradas, retornei para completar o atendimento, que nas duas vezes, não demorou nem 10 minutos( 730,00 pratas), o ortopedista explicando que havia uma pequena fratura na “ponta do rádio”, dizendo que não havia necessidade de gesso, apenas de uma tala, suporte para manter o braço razoavelmente imobilizado, ao menos durante quatro semanas.

Para ser franco, mesmo me mostrando a radiografia e o local da pequena fratura, não consegui visualizar nada.  Receitou apenas analgésicos caso sentisse dor.

Hoje, 10 dias após o acidente, já liberei a tala e estou quase nos trinques, com pequena limitação para esticar o braço e levantá-lo, bem como um incômodo no pulso. Fico cismado se houve mesmo alguma fratura, ou se foi algo bem mais simples.

Já estou até pensando em bater uma bola, de leve, nesse próximo final de semana.

Algo parecido aconteceu anos atrás, na antevéspera de uma viagem aos Estado Unidos, jogando uma partida “de simples”,  dando uma rápida marchar é, caí e machuquei o mesmo cotovelo, o danado do braço esquerdo.

Da mesma forma, achei que não era nada grave, mas a noite, a dor aumentou e logo manhã seguinte, as vésperas da viagem, procurei um ortopedista, que após as radiografias usuais, diagnosticou como uma pequena trinca, não me lembro se no mesmo ou em outro osso.

Me mostrou e também não enxerguei nada anormal.

Como era conveniado, para descolar um extra, propôs que eu optasse por uma imobilização mais moderna que o gesso comum, bem mais leve, a base de fibra de vidro.

Concordei com a jogada do ortopedista, e imediatamente, após imobilizar meu braço, milagrosamente, a dor cessou totalmente.

Voltei para casa, com sérias dúvidas sobre o tal diagnóstico.

Passei o dia normal, sem a mínima dor. Embarcamos e ao chegar em Miami, tinha quase certeza que havia sido embromado, que não tinha nada no cotovelo que uma novalgina não resolvesse.

Para me livrar do incômodo, daquele gesso ainda mais resistente que tolhia meus movimentos, conversei com uma brasileira, moradora na cidade, perguntando sobre algum médico que poderia retirar o gesso.

Me deu o telefone de um médico brasileiro, que explicou que não poderia retirar o gesso por questões éticas, mas se eu quisesse mesmo retirá-lo, bastava entrar numa banheira com água quente, esperar, e ir retirando as camadas aos poucos, tarefa de levou umas duas horas.

Para minha desagradável surpresa, assim que terminei de retirar totalmente o gesso, a dor voltou turbinada, como se fosse praga rogada pelo médico brasileiro, por duvidar e fazer pouco de seu diagnóstico.

Sem alternativas, procurei uma dessas lojas que vendem equipamentos médicos e hospitalares, comprando uma tala com bandagens autoadesivas, envolvendo praticamente o braço inteiro, que além de incômoda, custou uma nota.

Quebrou o galho, embora a dor em intensidade menor, perdurasse durante toda o período da viagem.

Retornando, consultei um parente, que recomendou manter as talas por mais três semanas.

A teimosia, descrença, e o excesso de “sabedoria” de um velhote metido a besta, na maioria das vezes dá chabu, explode no colo do sabichão.

Importante não esquecer o sábio ditado: “Velho Morre de Queda ou Caganeira”.

Vivendo e não aprendendo.

Fora Mula!

 

José Roberto- 31/10/23

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