sexta-feira, 22 de setembro de 2023

DELAÇÕES PREMIADAS

 

DELAÇÕES PREMIADAS

 

Recebi o vídeo do depoimento de Renato Duque, ex-Diretor de Serviços da Petrobras, ao juiz Sérgio Moro, na época áurea do Processo do Lava Jato.

O conteúdo desse depoimento é devastador, citando nomes de dezenas de políticos e diretores da empresa, envolvidos em bilionários atos de corrupção, com rateio programado dos butins, entre partidos, diretores, funcionários e doleiros.

No caso da Diretoria de Serviços, o PT era o grande beneficiário da rapinagem, com seus tesoureiros (três no período de Renato Duque: Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vacari Neto) recebendo a grana fazendo a divisão interna e obviamente sempre tirando uma casquinha em proveito próprio.

Pelas declarações de Renato Duque, a roubalheira na Petrobras era institucional e endêmica, sendo que cada Partido Político que apoiava o governo, indicava o diretor da área e tinha o controle total sobre o recolhimento e distribuição da propina. Tudo muito bem organizado, coisa de corruptos de alto naipe.

Dentre os figurões citados no depoimento, aparece com destaque Palocci, então Ministro da Fazenda, responsável segundo Duque, por gerenciar a parte que cabia ao então Presidente Mula, o maior ladrão de nossa história, o homem que se diz mais honesto que Jesus Cristo.

É um depoimento estarrecedor, que num país razoavelmente sério, condenaria todos os envolvidos ao “paredon”, ou prisão perpétua.

(Tenho uma inveja danada de El Salvador, que com um Presidente honrado, acabou com a corrupção em seu país)

Renato Duque devolveu aos cofres da Petrobrás, inicialmente 20 milhões de euros e posteriormente dinheiro de outras duas contas offshore, cujo montante não consegui apurar.

Todo esse preambulo, abordando o depoimento de apenas um diretor da Petrobras, escancarou o esgoto nojento que era as entranhas da empresa, onde toda a alta direção patinava num mar de lama. Se somarmos essa confissão, a dos demais diretores e dos dirigentes das grandes empreiteiras, que assinaram formalmente acordos de delação premiada, se comprometendo a devolver bilhões aos cofres públicos, tudo registrado, aprovado e os caralhos a quatro, ficamos ainda mais pasmos com a ousadia do ex-office boy petista, Dias Toffoli, ao cancelar todos os depoimentos e acordos firmados durante o Processo do Lava Jato.

Esse ministro pagou com folga todo o investimento do PT, para guindá-lo ao importante cargo.

Estranhamente, outro ministro que por sinal, é o chefão do STF, apoiando Toffoli, argumentou que as delações premiadas não são provas de fato, mas indícios, não podendo servir de base para uma condenação.

Porem, em se tratando de ferrar o ex-Presidente Bolsonaro, fica o dito pelo não dito, valendo qualquer coisa, rasteira ou covarde para incriminá-lo, pois Alexandre de Moraes aprovou a delação premiada do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que para livrar o rabo , deve estar construindo belas narrativas para incriminar seu ex-chefe, mandando honra, dignidade e lealdade as favas, contribuindo ainda mais para denegrir a imagem já desgastada de nosso Exército.

Beleza de país, beleza de justiça, beleza de povo.

Fora Mula!

 

José Roberto- 22/09/23

 

 

Um comentário:

  1. Realmente estarrecedor o está acontecendo no Brasil difícil de acreditar e impossível explicar. Abraço bom dia

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