segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

UM ANO A MENOS


 UM ANO A MENOS

No último texto do ano, sempre faço um retrospecto dos principais acontecimentos que mereçam algum destaque, embora alguns se percam nos escaninhos repletos e confusos de minha memória.
No balanço geral fico em dúvida se o saldo ficou ou não no vermelho, pois comecei o ano com problemas na vista esquerda, sanados parcialmente, mas prejudicando a noção de profundidade, e o mais grave, praticamente arruinando minha devastadora categoria no tênis, pois de predador me transformei em presa fácil, para gáudio de meus “traiçoeiros” adversários.
O médico garante que com o tempo meu cérebro se adaptará e a visão geral vai melhorar.
Mas que tempo? Com quase 75 nas costas tenho que aproveitar o que resta do meu vigor físico, ainda bem razoável, mas até quando?
Lamurias a parte, tenho que ressaltar os aspectos positivos; com a família bem no geral, aumentando com a chegada de Otávio, o bebê mais bonito do Rio de Janeiro, com os ótimos finais de semana, perdendo no tênis, mas nos dias chuvosos ganhando na sinuca, enfim aproveitando as opções palatáveis e acessíveis  nesse ano que termina.
Recebi de amigos textos maravilhoso sobre como aproveitar os anos que nos restam, viajando, gastando nossas economias com prazeres mundanos e toda uma sorte de sugestões que ficam lindas no papel, mas difícil de serem concretizadas, pois temos raízes, filhos e netos que precisam de nossa companhia e do nosso carinho.
Dentro das possibilidades físicas e materiais, temos que dosar lazer, prazer e família, sem exageros, com a sabedoria que deveríamos ter com nossa idade provecta, mas falar e escrever é fácil, complicado e aquilatar as justas medidas e proporções.
Lamento não ter estado mais com os queridos amigos distantes, não ter compartilhado mais da presença dos queridos irmãos, pois a rotina obsessiva posterga nossas decisões, que se acumulam até tornarem-se praticamente inexequíveis por questões temporais.
O tempo, sempre o tempo!
O tempo é nosso aliado e talvez o pior inimigo. Fazendo uma analogia, podemos considerar que nosso tempo seja medido numa régua. A cada ano chegamos mais perto do final da escala.
Rezo para que a escala de minha régua e de meus entes queridos seja bem fracionada, repleta de “risquinhos”, para que anos generosos frutifiquem em nossos corações.
Apesar dos pesares, das alegrias e tristezas, estamos fechando mais um ano no calendário(na régua) de nossas vidas.
Que essa nova década que se inicia, traga bons ventos para todos nós.
Um feliz 2020 para todos.

José Roberto- 30/12/19

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