terça-feira, 3 de dezembro de 2019

RIO QUE ME FAZ CHORAR


RIO QUE ME FAZ CHORAR

Moro no Rio de Janeiro há quarenta e um anos, mais da metade de minha vida e me sinto quase um carioca, não fosse o sotaque caipira de Piracicaba, impossível de disfarçar.
Não que tenha perdido minhas raízes com São Paulo, mas a base de minha família esta assentada no Rio, minha caçula é carioca, meus adoráveis netos são cariocas.
Infelizmente, tanto a cidade quanto o estado não vem sendo feliz na escolha dos prefeitos e governadores.
Nosso alcaide Crivela, é uma figura manjada, bispo de araque envolvido na nossa suja política há muitos anos.
Como prefeito tem sido uma desgraça, talvez o pior da história, batendo até Saturnino Braga que chegou a decretar falência da cidade.
O Rio está em petição de miséria, com ruas e avenidas esburacadas, hospitais sem médicos e recursos, camelôs espalhados por todo canto vendendo mercadorias roubadas e mendigos nas portas dos bancos, dos supermercados, enfim, um total abandono.
As estatísticas encomendadas dizem que o crime, os roubos e assaltos diminuíram, mas são poucos os que ousam andar pelas ruas a noite, frequentar parques e jardins após escurecer, tanto assim, que bares e restaurantes fecham as pencas por falta de clientes.
A cidade já não é mais tão maravilhosa.
Para completar, nosso governador Wilson Witzel, é um bufão pomposo, uma besta quadrada, um desconhecido eleito na onda Bolsonaro aproveitando a rejeição ao metidinho Eduardo Paes, personagem envolvido no pastelão “cabralesco” da Farra dos Guardanapos(Paris).
Se um é ruim, o outro é péssimo.
Essa famigerada dupla está conseguindo degradar a cidade e o estado, que não oferecem as mínimas condições de segurança, saúde e educação.
O exemplo do caos que atravessamos pode ser visto nos noticiários locais apresentados pelas TVs.
De manhã, incursões da PM nas favelas, trocas de tiros entre traficantes e milícias, roubos de cargas filmados ao vivo com a policia sempre chegando atrasada;
Na hora do almoço, cenas que se repetem diariamente, filas intermináveis na porta dos hospitais, falta de médicos, remédios , equipamentos, a verdadeira porta dos infernos, com doentes condenados aguardando a morte lenta e certa.
A noite, um balanço dos mortos, tanto policiais quanto bandidos, sem esquecer o grande número de inocentes abatidos por balas perdidas, disparadas pela polícia ou pelos traficantes, com a tendência dos moradores locais culparem sempre os policiais.
Um desfile de horrores divididos em etapas que mostram a dura e crua realidade daquela que foi chamada de “cidade maravilhosa”, mas que vem perdendo seus encantos devido a incúria, falta de capacidade e corrupção de seus governantes.
Ano que vem teremos eleição para prefeito e as perspectivas não são favoráveis, pois os candidatos serão os mesmos; Crivela o traste, Marcelo Freixo do PSOL, um espertalhão e perigoso vermelho que apoia somente direito dos bandidos; o manjado safadinho Eduardo Paes e quem sabe, um heroico salvador da pátria para acabar com triste sina que recaiu sobre a cidade.

José Roberto- 03/11/19



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