segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

REVENDO IRMÃOS E SOBRINHOS


REVENDO IRMÃOS E SOBRINHOS

Depois de cinco anos retorno a Piracicaba, aproveitando o casamento de uma sobrinha neta para rever irmãos e sobrinhos queridos, que por razões que nem o coração e a razão explicam estiveram distantes durante essa quase eternidade.
Apesar dos telefonemas, dos cumprimentos nas datas festivas, abraçar as queridas irmãs que foram tão importantes em minha educação e formação e os irmãos, companheiros de jogos, folguedos, aventuras e namoricos, é um prazer incomensurável.
Um toque, um beijo, um abraço com um desses queridos, aviva a chama do amor fraterno, aquecendo velhos corações numa troca de energia somente perceptível e entendida por aqueles que partilharam lares felizes, onde eventuais carências materiais eram supridas com folga pelo amor recíproco entre pais e irmãos.
Quantas lembranças ressurgem em nossas mentes desgastadas e superlotada de informações.
Fatos e acontecimentos relembrados, alguns esquecidos há muito, outros ainda vivos, pois deixaram marcas indeléveis. Cada um de um jeito peculiar, de acordo com as preferências.
Tanto para conversar com todos e com cada um em particular e com tempo insuficiente para essa tão agradável empreitada.
Que saudades das nossas aventuras, peladas de futebol, pescarias, caçadas, das “artes e aprontos”, das incursões amorosas em pleno desabrochar da adolescência e explosão dos hormônios.
Tomando um cafezinho, ou entre cervejas e tira-gostos, trocamos histórias particulares e lembranças comuns. Trocamos apenas alegrias, deixando as eventuais tristezas adormecidas nos escaninhos secretos de nossos corações.
Tão bom rever sobrinhos queridos que vimos nascer, hoje homens feitos e pais como nós, um deles até casando uma das filhas, um dos motivos desse nosso retardado encontro.
Apesar do tempo corrido, muito foi dito, muitos beijos e abraços, muito carinho e emoção, turbinando nossos velhos corações com adrenalina em seu estado mais puro, de verdadeiro amor fraterno.
Acredito, que cada um de nós se pergunta o porquê desses encontros tão espaçados, qual a razão de não abreviarmos esses longos intervalos?
Tentamos nos justificar alegando problemas de distância, assuntos particulares e principalmente problemas de nosso próprio núcleo familiar, com filhos e agora netos que jamais “desmamamos”, sempre ligados ao nosso cordão umbilical.
Nas despedidas, a promessa difícil de cumprir, que tentaremos nos reunir com mais frequência.
Piracicaba mudou, quase não reconheço as ruas onde brincava tranquilo em minha infância.
Nós mudamos, constituímos família, envelhecemos e vamos vivendo da melhor forma possível.
Todavia o que não muda, nem envelhece, é o amor e empatia que desfrutamos mutuamente, numa troca carinhosa de afeto e lembranças, sentimentos alicerçados em nossos corações pelo trabalho maravilhoso de nossos queridos e saudosos pais, Tonico e Hercília.

José Robert 03/12/18




4 comentários:

  1. Parabéns Betão....araco a a todos.

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  2. Muito bom texto e cheio de emoção. Como diz o ditado: "A família é o berço de tudo".

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  3. Gimael ,familia grande que beleza,nos encontros que fazemos também as lembranças faz um bem enorme .Seu texto impecavel.Vale todo esforço para encontros mais proximos.Abraços na Familia.

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  4. Que bom Pai, fico muito feliz por vc ter trocado essa energia. Que legado maravilhoso que meus avós deixaram, o melhor de todos. Eles devem estar sorrindo lé do céu.

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