segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

OS FILHOS DO PRESIDENTE


OS FILHOS DO PRESIDENTE

Sabemos que Bolsonaro não é nenhum exemplo de “finésse”, mas como já é tarimbado na política e no trato com a mídia, mesmo quando dá alguns “coices”, o faz com certa categoria, salvo raras ocasiões, traído pelo contexto e pela intemperança.
O mesmo não acontece com seus filhotes, talvez inebriados pela fama repentina do “papai”, julgando-se donos de parte desse cacife,  estejam metendo os pés pelas mãos, confundindo as coisas, pois o fato do pai ter sido eleito Presidente do Brasil não os tornam príncipes, nem herdeiros do “trono”.
Eduardo, deputado federal reeleito, vai aos Estados Unidos e dá declarações como se fosse o chanceler do Itamaraty, afirmando que “o Brasil não será mais um país socialista”, agendando reuniões e arrotando prepotência em áreas que desconhece e não são de sua competência.
Eu , que não sou nenhum exemplo de delicadeza, fiquei chocado com a grossura de Flávio Bolsonaro, senador eleito, ao responder uma pergunta da comentarista política Natuza Nery.
Poderia ter dado a mesma resposta de uma forma mais educada, sem tentar imitar o “papai”, que como já afirmei, é muito mais safo que seus filhotes.
Está mais que na hora de levar uma séria reprimenda de seu velho.
Carlos, o filho do meio, um dos responsáveis pelo ótimo desempenho do pai na Internet, deve ter tido algum desentendimento com o chefe da família, talvez por não ter sido atendido em suas futuras pretensões, retornando a seu mandado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Ficou magoadinho, fez beicinho, mas ao menos ficou quieto em seu canto, sem alarde.
Com o pai em destaque e com inimigos fuçando seu passado e suas atividades tentando achar “cadáveres enterrados”, pois político sempre tem algo a esconder, os filhotes do Presidente deveriam evitar exposições, pois também se tornam alvos dessas investigações mexeriqueiras.
Tanto assim que já descobriram “contabilidade criativa” altamente suspeita, na movimentação financeira de um assessor do filho, deputado Eduardo Bolsonaro.
Depósitos repetitivos de oito outros assessores na conta desse felizardo, cheque de 24 mil emitido em favor da futura primeira dama, situações, saques e desembolsos difíceis de serem explicados.
O velho Bolsonaro diz que os 24 mil é pagamento de parte de um empréstimo, quem quiser que acredite.
Pelo jeito, o tal assessor vivia emprestando dinheiro de todos lotados no gabinete do deputado federal, funcionários desapegados do “l’argent”.
Que aí tem coisa, não resta dúvida.
Essa história tem que ser melhor explicada.
Papai Bolsonaro precisa dar um puxão de orelhas em seus rebentos, exigindo que se comportem, evitem exposição e fechem as “matracas”, pois quanto menos evidência, menos motivos e razões para os bisbilhoteiros ficarem escarafunchando seus “particulares”
Filhos...

José Roberto- 19/12/18



Um comentário:

  1. O interessante é que o COAF, que se perguntar para o povão ele responderá que é marca de panetone, começou a trabalhar e isso aconteceu depois da eleição do Bolsonaro. Será por que? O que eles estavam fazendo desde o Mensalão até a Lava Jato. Agora o Bolsonaro vai ter que por cada filho no seu devido lugar. Nada de proteção sem nenhuma justificativa.

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