segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

UM DOMINGO ESPECIAL

UM DOMINGO ESPECIAL

Fazia um bom tempo que não conseguíamos juntar a turma toda, o que aconteceu neste último domingo.
As confirmações pelo wattsapp dessa vez não falharam,  aos poucos  todos foram aparecendo.
Carlos, o novato chegou precisamente as 9,30 h, conforme havia previsto, pois tinha compromissos inadiáveis na casa da sogra e não era maluco de retardar o almoço dominical.
Começamos a bater bola quando logo depois chegaram Juarez e Marcelo, propiciando o primeiro arranca rabo da manhã.
Duplas formadas, eu e Juarez contra Carlos e Marcelo. Por razões que a própria razão desconhece, não deu a lógica, pois num início de atividades infeliz não demonstrei minha tradicional categoria e apesar dos esforços do meu bichado companheiro, tomamos na tarraqueta.
Alguns comentários sobre meus parceiros e algozes:
Carlos é o mais novo da turma no amplo sentido da palavra. Deve ter menos da metade da minha idade.
Tem uma potente canhota, é rápido e incansável, conseguindo jogar quatro ou cinco horas seguida. Falta-lhe apenas um pouco mais de regularidade e perder a mania de dar porrada em todas a bolas.
Dentro de pouco tempo será um adversário terrível.
Marcelo é uma praga. Um incansável mosquito elétrico. Pequeno mas valente que chega nas bolas impossíveis, relembrando meus velhos tempos.
Jogar contra ele é saber que teremos que dar duro para ganhar os pontos, pois as bolas sempre voltam e voltam enjoadas, fortes ou bem colocadas.
Bom parceiro e um difícil adversário.
Juarez é um caso a parte.
Morador antigo somente juntou-se a turma há pouco tempo.
Bate forte e com estilo, porem corre com o freio de mão puxado.
Rato de academia, o sacana vive bichado o que é muito estranho. Problemas na panturrilha, joelho, cotovelo, coxa, sobrecoxa, lombar e até na mão, pois antes de entrar na quadra gasta um rolo de esparadrapo para(segundo o próprio) proteger as delicadas mãozinhas.
Já lhe recomendei um grande especialista que dará um jeito nessas frescuras.
Edmar como sempre, chegou atrasado, com as costumeiras desculpas de ter visitado alguns pacientes ou porque teve que terminar a historia que contava aos pequenos filhotes, justificativa totalmente aceitável.
Edmar é grandão e rápido. Falta-lhe apenas mais jogos para que seu nível melhore, mas é um bom parceiro e adversário respeitável.
Nutre o sonho de me vencer numa partida simples, o que deverá ocorrer brevemente, pois o velhote aqui está na descendente, e ele, beirando os quarenta, tem tempo e condições para se aprimorar e aguardar minha débâcle.
Paulinho, o explicadinho, outro veterano da turma tem vindo apenas para apreciar e comentar as “maravilhosas” jogadas da turma, ficando obviamente para a parte mais importante, que é a cervejada.
Nosso querido professor anda numa fase ruim, meio bichado, tendo se operado recentemente e parece que tomou gosto, pois anunciou que novamente entrará “na faca”.
Gasta muito de seu tempo e de suas pormenorizadas explicações, conversando e trocando bulas e receitas com Juarez, o outro bichado da turma.
Finalmente cheguei ao Miguel, nosso portuguesinho de ouro, que por sinal tinha acabado de chegar da terrinha onde passou quase um mês com a família, aproveitando para dar um giro pela Europa.
Desfez a malas e desceu apenas para participar da manguaçada, pois estava sem condições físicas para adentrar na quadra, onde esbanja força de vontade com um joguinho razoável, cuja arma secreta é uma cruzada de direita. Pode e tem tempo para melhorar.
Em rodízio, jogamos mais umas quatro ou cinco partidas e exaustos, nos reunimos na churrasqueira para o bendito refrigério.
Por incrível que pareça, talvez por contar com parceiros novos e bem educados, não falamos mal de ninguém, nem mesmo do Carlos que teve que sair as pressas para receber a benção da sogra.
Tomamos muitas, mas quando cheguei em casa alegrinho murchei rapidamente, pois minha mulher disse que estava em vias de descer para me passar uma carraspana e me trazer escoltado pelas orelhas.
Escapei por pouco.
Deixamos mais ou menos engatado um churrasco, pois estamos em débito com a comemoração do final do ano.
Por lamentável lapso, deixei de fotografar a turma reunida ontem, e a foto que publiquei é de dezembro, sem a presença do Marcelo, que com certeza  e com razão,vai reclamar.
Essa nova turma ainda vai dar muito o que falar, fornecendo farto enredo para rechear meu blog.

José Roberto- 15/01/18




2 comentários:

  1. Senti falta do Baiardi, Heleno, Otacílio.....
    Por onde andam?

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    Respostas
    1. CARO AMIGO HELENO
      O VELHO BAIARDI DESISTIU DO TÊNIS, LIMITA-SE A CAMINHADAS NA PRAIA, AQUI E EM SALVADOR.
      OTACÍLIO DEPOIS QUE DEIXOU DE PINTAR O CABELO TAMBÉM AFROUXOU, NUNCA MAIS APARECEU. POR TELEFONE DISSE QUE ANDAVA CONTUNDIDO, CHEIO DE DORES E SÓ BATIA EVENTUALMENTE UMA BOLA, DE LEVE, NO SEU CONDOMÍNIO NA BARRA.
      ESPERO QUE AO MENOS VOCÊ CONTINUE JOGANDO. SE ESTIVER NA ATIVA GOSTARIA QUE APARECESSE PARA LEVAR UM GUASCA, COM AQUELAS QUE LHE APLICAVA NOS VELHOS TEMPOS.
      A TURMA DO TÊNIS ESTÁ REJUVENESCIDA.
      ABCS

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