terça-feira, 3 de janeiro de 2017

PROMESSAS DE ANO NOVO

PROMESSAS DE ANO NOVO

Já desisti de fazer promessas que a partir de janeiro mudaria meus hábitos, tentaria ser mais moderado com as comidas, faria mais exercícios físicos, capricharia no Pilates, pois as bursites nos dois ombros voltaram a dar sinal de vida e que seria mais parcimonioso nos gastos, pois a situação do país e a minha em particular, estão periclitantes.
Até que penso mesmo nessas atitudes, mas ações para valer “nadica de nada”, pois mudar hábitos arraigados na mente de um velhote que gosta de rotina é missão impossível.
Tenho absoluta certeza que continuarei do jeito de sempre, com a mesma preguiça, deixando os exercícios sempre para a próxima segunda-feira e no geral, cometendo os mesmos erros.
Ainda bem que para as muitas falhas, gafes e falta de atenção para pessoas próximas e queridas, terei sempre na ponta da língua a manjada desculpa do “esquecimento”, da memória cansada , dos sinais claros do início da senilidade.
Vou continuar sendo a mesma pessoa que sempre fui, pois essa conversa de que melhoramos e aprendemos com a idade é uma grande baboseira, ou pelo contrário, alguns de nossos defeitos até se realçam, pois nossa tolerância para cretinices diminui.
Mas, apesar de tudo, vou procurar ser melhorzinho, pois minha mulher vive dizendo que estou ficando caduco e ameaça me internar, pois não têm paciência para agüentar um velho xarope como eu.
Apesar de saber que é apenas uma forma de me espicaçar e que essa mulher “me ama”, sempre é bom ficar com as barbas brancas de molho.
E assim me preparo para enfrentar mais um ano de tormenta que se inicia, sem grandes esperanças, a não ser com relação a minha netinha, que a cada dia me deixa mais encantado, com sua inteligência, sua verve e o domínio do celular e assemelhados, coisas típicas de “uma gênia”. Essa garotinha vai longe!
Gostaria de ter a cara de pau dos políticos, desses que nos primeiros dias de mandato prometem o “mundo e o fundo”, para depois de algum tempo constatarmos que muito pouco ou nada recebemos, perdemos o “mundo” e ficamos no “fundo” do poço das desilusões.
Mas, pra frente é que se anda, então mãos a obra, esqueça as besteiras deste texto e pé na estrada, com vontade, coragem e tenacidade.

José Roberto- 03/01/17



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