terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O OCASO DO REI DO CASTELO DE CARTAS

O OCASO DO REI DO CASTELO DE CARTAS

Turbinado pelas inúmeras manifestações de apreço de novos e velhos amigos, volto a falar de um cara que nunca me enganou.
Não que seja muito esperto, pois já entrei num bocado de “frias”, algumas das quais tenho vergonha de mencionar, mas quanto ao Sr. Eike Batista esse tipo jamais me engrupiu.
Quem acompanha meus textos sabe perfeitamente, que desde que o Sr. Eike surgiu no cenário nacional com enorme destaque, sempre alertei meus minguados leitores para não embarcar nessa canoa furada.
Alem de ser um grande vendedor de sonhos, Eike soube cortejar a canalhada petista, caindo nas graças do apedeuta Mula, que lhe abriu as portas dos bancos e agencias federais.
Eike montou uma espécie de “corrente da felicidade”, onde os ganhos se multiplicavam e as ações de suas “empresas” estouravam nas bolsas de valores.
O espertalhão montou uma companhia de petróleo fazendo um enorme carnaval, jurando que seu milagroso poço produziria mais de 100 mil barris/dia.
Lançou bilhões em ações no mercado, compradas com ânsia pelo BNDES, Fundos de Pensões das estatais e por incautos brasileiros que acreditavam que o sujeito tinha o “toque de Midas”.
Ora, para retirar o óleo de mar necessitava de navios, criando outra empresa e lançando bilhões de novas ações no mercado, compradas de imediato pela mesma e sequiosa turma.
Ora, ora, quem  tem navio precisa de um porto, lançando novamente outros tantos bilhões de ações consumidas com voracidade.
Para apoiar essas empresas, criou mais uma de Logística, abrindo seu capital que foi subscrito num piscar de olhos.
O homem era realmente um mágico.
Pensava em alguma atividade, criava uma empresa e enchia os bolsos com bilhões de dólares.
Nesse meio tempo, a “opiniaodoze” alertava sua meia dúzia de leitores: Não caiam nesse conto do vigário, não invistam um tostão no Grupo X.
Vários amigos, inclusive companheiros da turma do tênis me gozavam, achando que eu estava equivocado, que enxergava “chifre em cabeça de cavalo” e perguntavam sobre as razões do meu ceticismo.
Em primeiro lugar sempre suspeitei de um sujeito que ostenta sem pudor, o famoso chapéu de touro, aquele chapéu de viking com longos chifres, porque Eike era um grande corno manso, pois a “doce” Luma sempre foi doidona por jogador de futebol e bombeiros.
Até o nome dos filhos Thor e Olin, são deuses vikings, o que comprova minha teses(CQD).
Outra razão, era pela ostentação do cara, que gastava os tubos, um verdadeiro exibicionista, que se orgulhava dos imensos salários que pagava a seus executivos, que administravam seus “castelos de cartas”.
Sem nada de concreto, a maioria das empresas de Eike vendia sonhos e expectativas, amparado pelo BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e todos os gigantescos fundos estatais, que enterram bilhões no Grupo X.
Obviamente Mula e sua gangue de corruptos davam todo respaldo ao espertalhão, que também obviamente, devia ser muito generoso, enchendo na surdina os bolsos dessa canalhada.
Como dizem os filósofos, “o mundo gira e a Lusitana roda”, bastou o poço de petróleo milagroso dar chabú, produzindo menos de 10% do prometido, para começar o inferno astral daquele que queria ser o homem mais rico do mundo.
As ações de suas empresas fictícias começaram a despencar, virando pó em pouquíssimo tempo.
Os prejuízos dos investidores foram enormes e a bancarrota do bilionário começou, com processo e arresto dos bens visíveis, pois com certeza o malandro devia ter se precavido com contas secretas nos paraísos fiscais.
Das manchetes diárias ao semi-ostracismo, enrolado em pendengas judiciais, o “maior vendedor do mundo” tentava ainda, atrair investidores para seus novos projetos, bem mais modestos, como uma miraculosa Pasta de Dentes que tentava lançar no mercado.
Foi abatido antes de alçar novos vôos pela delação de doleiros, que expuseram sua relação incestuosa com o ex-governador Cabral, useiro e veseiro de seus aviões e iates.
O ex-bilionário deve ter muito o que contar, principalmente da alta cúpula da camarilha petista, criadora e mantenedora do propinoduto que sugou as riquezas do país.
O corno(não existe ex-corno) voltou mansinho ao Brasil, escondendo sua natural arrogância, tentando novamente vender a aparência de bom moço, mas esse Juiz Bretas é igual ou mais implacável que Sergio Moro,  encaçapando o malandro em Bangu, vizinho ao grande amigo Cabral.
Esse caboclo acostumado a viver em alto estilo não aguentará nem dois meses de prisão, abrindo logo o bico, chilreando feito um pintassilgo.
O magnífico corno vendedor de sonhos, assiste ao desmoronamento de seu ultimo castelinho de cartas, derrubado por uma primeira lufada de ventos da justiça.
Outros sopros ainda mais fortes virão!


José Roberto- 31/02/17



2 comentários:

  1. Esse Eike Batista é, realmente, um verdadeiro Cara de Pau, mais liso que sabonete e conseguiu dar nó em pingo d’água e rasteira em sapo. Só não vendeu “Ações” do morro do Pão de Açúcar, porque soube que um malandro do Rio de Janeiro, dizem até que na verdade era um “minerin de Beo Zonte”, tentou antes vender o morro do Pão de Açúcar para um turista americano, sendo que a polícia chegou na hora e melou a venda. Aí o Erasmo Carlos fez um boa música, para marcar o ato, com o título de:
    PÃO DE AÇÚCAR (SUGAR LOAF)
    ERASMO CARLOS
    Paisagem super tropical
    Faz sucesso num postal
    Diz a foto que o morro do pão-de-acúcar
    é um eterno carnaval
    Pega o milho, galinha na boca
    Se é malandro, não dorme de touca
    Leva a vida ele mesmo levando
    por pura exigência da sobrevivência
    Mas meio-dia barriga vazia
    pega a nega e cai na folia
    só não pode é ficar domingando
    e o samba esperando sem grana na mão
    Pagamento a vista, vendeu pro turista
    o morro da foto do cartão postal
    dando de graça a conexão
    da praia vermelha com cara de pão
    Chegou a polícia e o pão de açúcar
    virou notícia.

    https://www.youtube.com/watch?v=WOFg-WreQd0

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