segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

UM DOMINGO ESPECIAL

UM DOMINGO ESPECIAL

Depois de uma noite mal dormida tentando equilibrar na borda, usufruindo do imenso prazer de ter a netinha no meio de nossa cama, me preparo para mais uma saborosa tarefa de avô.
Levar a neta para dar um passeio num dos pedalinhos da Lagoa, o rosa, preferência da pequenina.
Fiquei impressionado com o “cisne rosa”, um trambolho velho e desconfortável, ruim de pedalar, cujo leme não virava a direita.
Só consegui dar umas voltas e retornar após uns 15 minutos porque sou um velho lobo do mar, acostumado a manobrar barcos e canoas.
Para Lelê, os 15 minutos foram mais que suficientes para satisfazer sua ânsia de navegadora.
Em terra firme, comprei algodão doce para a pequenina, dois por sinal, um rosa e um azul, porque a vendedora não tinha troco.
Após uma leve mordiscada, recebo de volta os presentes e os repasso para uma família com algumas crianças que passava pelo local.
O algodão doce realmente não agradou minha doce Lelê.
Retornando ao prédio com as tarefas desencumbidas a contento, me paramento para os embates de logo mais.
Finalmente, boa parte da turma atual do tênis estaria reunida para alguns tira-teimas e obviamente para o mais importante, tomar muitas e falar mal do país e de seus políticos corruptos e nojentos.
As partidas jogadas em duplas devido ao sol causticante, transcorreram conforme esperado, sem novidades, com a vitória dos que normalmente vencem, eu, não por acaso.
Após as duras pelejas, já alojados na área coberta da churrasqueira e irrigando a goela ressecada, apareceu o retardatário Bjorn, sueco boa praça do Comitê Olímpico, que morava no prédio há uns três anos, e que a noite nos deixaria, assentando praça em Madri, para coordenar trabalhos da próxima competição.
Na sexta a noite já havíamos feito um churrasco de despedida do sueco, um grande apreciador dos prazeres etílicos, toma todas e de tudo sem baixar a guarda.
Foi realmente um ótimo domingo, colocando a conversa em dia e lembrando dos ausentes, alguns por motivos particulares ou preguiça, outros que nos acompanham lá do céu.
Eu, Miguel, Paulinho, Fernando, Edmar e Bjorn, aproveitamos ao máximo essa derradeira reunião do grupo, talvez a última do ano, pois os compromissos individuais dificultará novo meeting .
Encerrei minha participação ao receber uma mensagem da “madame”, deixando claro, que meu alvará já havia expirado.
Como bom entendedor, despedi-me dos velhos camaradas retornando rapidamente ao seio familiar.
Após um almoço com a família completa, genro, filha e neta, degustando um belo charuto, passeando pelos canais após assistir uma partida de futebol do campeonato inglês, tive a infelicidade de dar uma espiada no programa do Faustão.
No exato momento estava sendo exibida e cantada uma das três musicas concorrentes a “melhor musica do ano”, com o sugestivo titulo “Cinqüenta Reais”.
Mundo cão! Tristeza de letra, de rima e conteúdo.
E segundo o gordo chato, e sua audiência, uma das melhores musicas do ano.
Realmente estamos fodidos, pois até na área musical somos emprenhados com esse tipo de merda.
Santa ignorância de um povo inculto, tapado e de péssimo gosto.
Bem que poderia ter encerrado o agradável domingo sem ouvir essa porcaria, mas valeu como alerta, para evitar as tardes de domingo da Globo.

José Roberto- 19/12/16


Um comentário:

  1. Se o senhor achou isso uma merda, é por que nunca assistiu o programa esquenta com a Regina Casé...kkkk. Vai ter uma diarreia na mesma hora...kkk
    A televisão basileira é um verdadeiro lixo, só ensina putaria e mostra safadeza.

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