terça-feira, 20 de dezembro de 2016

DIVAGAÇÕES E LEMBRANÇAS NATALINAS

DIVAGAÇÕES E LEMBRANÇAS NATALINAS

Quando vai chegando o Natal uma inquietação toma conta do meu peito, reavivando antigas lembranças que voltam fortes.
Lembranças boas, de fatos e acontecimentos vivenciados com a família, com amigos inesquecíveis, com parentes, tios, sobrinhos, cunhados.
Na época tudo pareceu corriqueiro, mas hoje, amadurecidas pelo tempo, as imagens em nossa mente e as fotos esmaecidas pelo tempo, revelam o verdadeiro e importante significado de atitudes e demonstrações singelas de afeto.
Quando voltamos nossos olhos ao passado, tendemos a acreditar que as pessoas eram melhores, que havia mais paz e harmonia no seio das famílias, que o relacionamento era mais natural, despido de concorrência e da terrível inveja.
Mesmo com o dinheiro curto, as programações para o final do ano, nos enchiam de expectativas, pois o pouco que conseguíamos realizar, era suficiente para nos deixar transbordantes de alegria.
Os filhos pequenos e a família grande e unida eram suficientes, preenchendo qualquer eventual lacuna material nesses eventos festivos e fraternos.
O período natalino sempre exerceu essa estranha magia, fazendo aflorar os sentimentos positivos, deixando pouco espaço para picuinhas e rancores.
Com esses sentimentos e lembranças pulsando dentro do peito, somos tocados pela melancolia, pois os tempos são outros e as coisas mudaram.
O avanço tecnológico que revolucionou o mundo pelo contato virtual, e que também abriu e pavimentou estradas encurtando os caminhos, ao invés de integrar as pessoas afins, criou os pedágios dos problemas e interesses particulares, distanciando ao invés de unir.
Cada um de nós tem suas justificativas próprias e válidas, pois a situação dentro de cada célula familiar se modificou, cresceu, enfrentando a necessidade de adaptação e subsistência diante dos novos desafios, que consomem parte substancial do nosso tempo e das nossas energias.
Um pouquinho de acomodação e preguiça completam esse quadro de exigências. 
Enquanto isso, a vida segue seu curso incerto, fazendo com que posterguemos atos ou ações prazerosas, em prol de outras obrigações ou até mesmo do trabalho.
Diante desse quadro praticamente imutável, embora ensaiemos atitudes que vão sendo continuamente postergadas, só nos resta o consolo das antigas vivencias.
As doces lembranças do passado são o elixir para os males da alma e o consolo para irmos seguindo adiante.


José Roberto- 21/12/11

NOTA= TEXTO ESCRITO HÁ EXATAMENTE CINCO ANOS, RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE.
REESCRITO POR SE ADEQUAR AO ESPÍRITO NATALINO, DEIXANDO DE LADO O CANSATIVO E REPETITIVO ASSUNTO POLÍTICO.
OBS: NÃO TIVE TEMPO DE ENCONTRAR UMA FOTO BEM MAIS ANTIGA.

José Roberto- 20/12/16


2 comentários:

  1. Lendo a sua ótima crônica, escrito há cinco anos atrás, lembrei imediatamente do texto de de autoria desconhecida: "O Paradoxo do nosso tempo".
    O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
    autor desconhecido
    O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

    Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

    Dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.

    Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência.

    Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

    Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.

    Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

    Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

    Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.

    Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.

    São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, "ficadas" de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

    É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla DEL.

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    1. QUERIDO VANDECO, COMO SEMPRE MUITO OPORTUNO,NOS BRINDA COM ESSE MARAVILHOSO E VERDADEIRO TEXTO.
      ABCS
      GIGI

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