segunda-feira, 30 de maio de 2016

FATOS E VERSÕES

FATOS E VERSÕES

No Brasil, de forma geral, a versão é mais importante que o fato.
O tema já foi assunto de análise e debate em nossas universidades, inclusive títulos de teses, onde se chegou a essa estranha conclusão.
Somos mesmo um país diferente, ficando difícil para um estrangeiro entender nossa lógica.
Um exemplo típico é o caso de nossa Seleção de futebol, que até a última copa todos brasileiros consideravam a melhor do mundo.
Mesmo após o trágico 7 x 1 que levamos da Alemanha, o “sábio” Felipão afirmava que o desastre foi “um ponto fora da curva”, um raro acidente de percurso que jamais se repetiria, e se fosse o caso, escalaria a mesma equipe, inclusive com o poste Fred no comando do ataque.
Segundo o “toupeira” Felipão, o Brasil continua a praticar o melhor futebol do mundo.
Essas situações acontecem em todos os setores e com as mais diferentes personagens.
Espero que recordem do que escrevi na primeira parte do texto “Tolerância Zero”, sobre minha discussão com o pessoal da obra que obstruia a entrada da garagem da casa em Itanhaém.
Enfurecido, joguei tijolos no meio da rua, gritei realmente com um tresloucado, isso, por volta das 11,30 horas.
As 15,30 h, quando cheguei no consultório dentário, meu amigo Alexandre comentou sorridente que em cidade pequena é assim; já estavam comentando que o tio do Ricardo era um maluco, arremessando tijolos na rua, gritando, esbravejando, etecetera e tal.
Expliquei ao amigo os motivos do meu destempero, que por sinal prorrogou-se durante toda minha estada em Itanhaém.
Eis que nessa sexta feira passada(27/05), mais de 10 dias após meus ataques de loucura, recebo uma ligação de um velho amigo de Itanhaém, Luiz Cláudio, perguntando como estava de saúde, se já estava recuperado dos estragos causados pela queda.
Segundo ele, os comentários na cidade era que eu havia caído num buraco da obra e me machucado, daí o fato de ter perdido a compostura e blasfemado a valer com o pessoal da empreiteira.
Expliquei mais uma vez o ocorrido, e que essa versão dos fatos nada tinha a ver com a realidade.
Incrível como uma notícia, passada de boca em boca, fica totalmente diferente da original.
As vezes, as versões são bem mais interessantes que os fatos, porem esse não é o meu caso.
Aproveito para pedir aos minguados leitores de Itanhaém, que se tiverem oportunidade, me façam o favor de por os pingos nos is, esclarecendo que estou muito bem de saúde e que nada aconteceu, alem de eu ter perdido as estribeiras.
Coisas normais para um velhote destemperado.


José Roberto- 30/05/16

Um comentário:

  1. Ainda bem que você solta os cachorros. Assim sendo, consegue desopilar o fígado.

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