terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR!

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR!

Finalmente a chuva chegou!
Começou na sexta a tarde, firmando-se a noite, intermitente no sábado e domingo, mas persistindo com breves intervalos.
Com exceção dos turistas que lotam a cidade, acredito que até os cariocas, para os quais a praia é religião, torciam pela mudança do tempo.
Tristeza ver a grama dos jardins frontais do nosso prédio totalmente seca e com falhas, definhando sob o calor de um sol inóspito de 40 graus.
No grande Parque da Lagoa, nossa ante sala de visitas, árvores, grama e um imenso canteiro de arbustos vermelhos(não sei o nome) plantados recentemente, exteriorizam os efeitos da falta de água e do sol inclemente.
Grama seca e rala, árvores despidas de folhas e os arbustos murchos e curvados, alquebrados pelo rigor causticante do clima.
As primeiras chuvas que vieram em dezembro foram leves e fugazes, deixando poucos vestígios na terra sedenta, após suas rápidas passagens.
Abençoadamente, as águas do final de janeiro e início de fevereiro, persistentes, estão conseguindo encharcar o solo, que saciado, libera seu potencial, suprindo de imediato toda a vegetação carente, dos sais e substancias que lhes dão cor e vida.
A resposta da natureza é tão mágica quanto a chuva que cai do céu.
Em poucos dias as cores ressurgem mais vívidas, a paisagem ganha tonalidades alegres, despida de seu manto cinza caramelado.
Alem da brisa úmida e leve que bafeja levemente, percebe-se no ar um certo burburinho, uma agitação maior entre pássaros e insetos.
Depois de muitos anos, presenciei uma revoada de iças ou tanajuras, formigas bundudas voadoras, petisco cobiçado pelos pássaros e em alguns locais, até por gente.
A transformação é geral, ampla e irrestrita. Homens e natureza estão mais aliviados.
As cigarras, escalando as árvores e trocando sistematicamente suas couraças, cantam com maior intensidade, saudando a chegada de dias mais amenos, tornando as tardes mais sonoras.
Ficamos na torcida para que a chuva continue caindo, principalmente na cabeceira de nossos rios e represas, pois a escassez desse bem imprescindível é um monstro que nos ameaça.
Que venham as águas de março!

José Roberto- 03/02/15



2 comentários:


  1. Uma bela crônica para iluminar essa manhã cinzenta, que apesar de necessária deixa a cidade um pouco triste.
    Abraços,
    Pedro Paulo

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  2. Cedae cobra mais na conta de esgoto por uso de água da chuva

    Recálculo na cobrança é para compensar aumento de volume que vai pelo ralo, segundo a concessionária

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