segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PAIS E FILHOS QUE SÃO PAIS

 PAIS E FILHOS QUE SÃO PAIS

Quem acompanha meu Blog sabe que não deixo passar em branco essa data tão importante, mesmo sabendo tratar-se de uma jogada comercial para estimular as vendas, pois todo dia é dia dos pais.
O atraso do texto é justificado pela ausência temporária do escritório, acompanhando minha mulher numa cirurgia bem sucedida, com a graça de Deus.
O verdadeiro pai não se omite jamais de suas responsabilidades. Não por obrigação, por respeito as leis e a sociedade. Mas por amor.
Um filho, gerado num sublime ato de amor, acende no coração do pai uma chama imorredoura, incomensurável.
Mesmo antes de sua chegada ao nosso mundo, hibernando nas águas plácidas do ventre materno, aquela coisinha misteriosa abranda e aquece o coração paterno, ansioso, aguardando o inesquecível momento das apresentações.
Ao contrário da mãe, que desde a fecundação consegue sentir e comunicar-se com o filho aconchegado em suas entranhas, num verdadeiro milagre simbiótico, o pai, apenas pelo tato, através de pele, consegue transmitir alguns sinais ao pequenino rebento.
O nascimento de um filho é o momento mágico tão esperado.
O encantamento do primeiro encontro, o momento no qual embalamos em nossos braços aquela coisinha enrugada, assustada, encarando luzes e barulhos desconhecidos, com os olhinhos arregalados e perscrutantes, após deixar a contragosto o aconchego macio e seguro do ventre materno.
Apertando-o contra o peito e oferecendo-lhe nossa proteção e amor incondicional, murmuramos baixinho em seus pequenos ouvidos: sou seu pai!
A partir desse momento sublime, pai e filho ficam definitivamente conectados, ligação indestrutível que perdurará para todo o sempre.
Bem aventurados os pais, que tem a suprema felicidade de acompanhar o crescimento dos filhos, as passagens pelas estações da vida.
Interessante notar e compreender suas reações em todas as fases, desde os momentos de total dependência, nas incertezas da juventude, até época das contestações ou mesmo da maioridade, quando adquirem a confiança absoluta de saber muito mais que os próprios pais.
Fases passageiras que se atenuam com o passar dos anos, após os confrontos com as dificuldades cotidianas, após os primeiros tropeços e voltas por cima.
É uma dádiva envelhecer acompanhando o sucesso dos filhos.
Sucesso em gradações e atividades diversas, com conquistas materiais e morais e espirituais, respeitando as individualidades, os sonhos e necessidades de cada um, pois cada pessoa é diferente, única.
Escrevendo, lendo ou escutando propagandas sobre o dia dos pais, somos levados a refletir e lembrar dos nossos velhos queridos, principalmente daqueles que já não estão entre nós.
Bate forte a saudade, comprimindo nossos corações num sufoco de emoções e lembranças.
Que bom se pudéssemos voltar no tempo para corrigir pequenos deslizes, impaciências com as frases e casos repetidos dezenas ou centenas de vezes, atitudes tão comuns dos nossos velhos, perfeitamente notadas agora que nós somos os velhos.
O tempo é um grande mestre.
Nossos pais, presentes ou no céu, entendem e sorriem diante dessas preocupações menores e corriqueiras, porque sabem, que acima de tudo,  independente de pequenas faltas, falhas ou omissões, o amor foi e continua sendo o elo indestrutível de nossas relações.
Bença Pai!

José Roberto- 11/07/14






4 comentários:

  1. Parabéns velho amigo seus comentários estão, como sempre, irretocáveis!
    Luizinho.

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  2. Excelente e emocionante crônica de hoje. Que nosso pais nos abençoem. Parabéns! Vanderlei

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  3. Zé Roberto,
    Impressionantemente lindo esse seu texto! Emocionante!
    Parabéns por tanta sensibilidade!
    Adorei!
    Grande e afetuoso abraço,
    Hamilton Chagas

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    1. Perfeito, você sempre foi um pai que participou da vida de nossos tres filhos frutos de nosso amor.
      RE

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