sexta-feira, 15 de agosto de 2014

CANNABIS: 1001 UTILIDADES

CANNABIS: 1001 UTILIDADES

Sou mesmo um troglodita, pois tenho absoluta certeza que dentre meus amigos, sou o único que nunca fumou um cigarrrinho de maconha.
Recordo, na época em que cursava o cientifico, que eram raros os consumidores da erva.
Na minha turma havia dois suspeitos, que não abriam mão do óculos de sol. Suspeitávamos, em nossa santa ingenuidade, que disfarçavam para não deixar a mostra os olhos injetados, prova cabal do uso da erva maldita.
Naqueles velhos tempos, “maconheiro” era um termo pejorativo muito forte.
Com o surgimento das drogas mais pesadas, o uso da maconha passou a ser mais tolerado. Pesquisadores descobriram propriedades medicinais para a erva, cujo consumo passou a ser legal em muitos países, inclusive no vizinho Uruguai(destino atual de muitos turistas).
No Brasil, apesar de ser ainda proibida, comprar um bagulhinho de maconha é a cois fácil, não havendo necessidade de entrar nas favelas para adquirir o produto,
Na banca da esquina, no camelô ao redor das faculdades, no centro,  praticamente em qualquer lugar, é moleza encontrar o “pacau”(essa é de 1960).
Depois de virar remédio, por sinal muito concorrido e requisitado, a cannabis acaba de receber um novo e importante up-grade.
Li ontem no jornal, que pesquisadores da Universidade Clarkson, Nova York, descobriram que restos da produção da cannabis, podem ser usados como supercapacitores,  em veículos e outros dispositivos elétricos.
Segundo o pesquisador David Mitlin, que liderou o estudo apresentado em Encontro da Sociedade Americana de Química, o material tem as mesmas características do Grafeno, utilizado para armazenamento energético.
Meio duro de engolir essa pesquisa, principalmente aqueles que não são usuários da droga.
Porem, entre a turma do “fumacê”, a notícia dever ter repercutido intensamente, pois não tinham dúvidas que a maconha tem alto poder “turbinativo”, deixando elétricos seus felizes usuários.
Dizem, que a maconha proporciona uma tal de “larica”. Não posso explicar o que seja, pois conforme afirmei, nunca experimentei a dita cuja.
Dizem também, que após umas “pitadas” o caboclo fica com uma fome danada.
Aproveito para fazer uma confissão.
A única vez que utilizei alguma coisa estranha foi nos idos de 1968, em Itanhaém.
Trabalhava na Cesp, era solteiro e já namorava a Regina.
Íamos a um baile na sede velha do Náutico, quando Sérgio sugeriu que déssemos uma passada na “República”, onde moravam o Vanderlei, o Luizinho, o Marco Aurélio, o Lúcio e mais uns dois cujo nome não recordo.
A turma toda estava se preparando para o baile, cheirando “Kelene”, um liquido incolor, acondicionado num tubo transparente semelhante a um lança-perfume.
Me instaram a dar uma cheirada, explicando o ritual.
Inspirar fundo e reter a respiração por alguns segundos.
O resultado foi uma sensação de dormência no corpo todo, que julguei horrível. Se aquele era o resultado da cheirada, “realmente era uma droga”.
Para culminar, não agüentei muito tempo no baile, pois enjoado e quase botando as tripas para fora, tive que antecipar minha volta para casa, perdendo uns bons “amassos”.
Uma triste e infeliz experiência, jamais repetida.
Todavia, com a idade avançada, com a curiosidade inflada por essas descobertas, principalmente quanto ao efeito terapêutico, fico balançado. Quem sabe, uma única vezinha?
Prometo, que não vou morrer, sem antes dar “um tapa na pantera”.

José Roberto- 15/08/14







5 comentários:


  1. Vou passar um temporada em Montevideu, por recomendação médica.
    3 por dia.

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  2. Hoje poderíamos chamar o "Kelene" (um anestésico à base de éter) de genérico do lança-perfumes, o qual era vendido à vontade nas farmácias de Itanhaém, no final dos anos 1960, sendo proibido e retirado do mercado por volta de 1971, passando a ser vendido estritamente sob receita médica. Sua cheirada tinha o mesmo efeito do lança-perfumes (de tão grata lembrança), que entorpecia, dava tontura e formigamento na sola dos pés. Em nossa república, também, a farra se limitava ao "Kelene" e bebidas, sem qualquer droga dessas atuais, das quais também somos "virgens".
    Luizinho.

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