terça-feira, 19 de agosto de 2014

DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ

DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ

A marchinha “Vagalume”, lançada com grande sucesso no carnaval carioca de 1954, sacode a poeira e retorna com fôlego novo, prometendo ser destaque no próximo ano, nas duas capitais mais importantes do país.
São Paulo já atravessa uma crise brava, com o abastecimento de água numa penúria desgraçada, forçando a Sabesp a espremer a lama do fundo das represas, numa derradeira tentativa de molhar os canos ressequidos, entregando algumas gotas aos sequiosos consumidores.
Para remediar essa secura total, o governo paulista tentou até reter as águas do Rio Jaguari, afluente do Paraíba, causando um sério imbróglio com os fluminenses, ameaçados de redução da capacidade de geração elétrica pela diminuição da vazão do rio.
Entre tapas e beijos, Pezão e Alckmin fumaram o cachimbo da paz, tendo como testemunhas a ANA e ONS.
Por enquanto luz não está faltando, graças a retração das atividades econômicas do país, principalmente do setor industrial, onde as perspectivas não são nada favoráveis, com previsão do PIB próximo a zero.
Acredito, que o único setor que não está preocupado com a crise, é o ramo que atua na fabricação de geradores, pois quase todos os prédios da zona sul do Rio de Janeiro estão comprando e instalando esses equipamentos, conseqüência direta da péssima manutenção da Light, herança maldita da EDF, que deixou a bomba para a Cemig, sua sucessora.
O fato, é que nós, consumidores da Light, estamos pagando o pato e o custo dos geradores(quotas extras condominiais).
A situação do setor elétrico está tão ridícula, regida por trapalhões que não são do ramo, a ponto das concessionárias que deveriam prestar um serviço público em beneficio dos consumidores, estarem mais preocupadas em faturar o máximo no balcão de negócios que se tornou o comércio de energia elétrica.
Os jornais de sábado, 16/08/14, noticiaram que a Cesp, Copel e Cemig, triplicaram seus ganhos com a venda de energia nos contratos de curto prazo, firmados com consumidores eletro intensivos.
Lembramos que essas três empresas, as mais sadias, não aderiram ao enganoso e imbecil plano eleitoreira da Presidente, que forçou a baixa das tarifas em 18%, falsa alegria que durou curto período, pois os repiques voltaram com força total, alem das indenizações bilionárias que estão sendo pagas as concessionárias que aderiram a essa temeridade, custo que será repassado aos consumidores, logo após as eleições.
A única esperança para que a situação se amenize no próximo ano, é a ocorrência de um novo dilúvio nas regiões sudeste e nordeste, coisa pouco provável, pois Deus já deve estar cansado de tanta velhacaria cometida pelos brasileiros, que não sabem escolher seus políticos, nem seus técnicos de futebol.
Não somos um país sério!

José Roberto- 19/08/14





Um comentário:

  1. Se São Pedro não tiver pena dos brasileiros, estaremos definitivamente ferrados, pois nossa conta de luz irá as alturas.
    Banho até que não faço conta de racionar.

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