sexta-feira, 27 de junho de 2014

DESÂNIMO GERAL

DESÂNIMO GERAL

Que esta tem sido uma Copa diferente, não há dúvidas.
Apesar da nossa seleção ter conseguido passar pela primeira fase, não percebemos aquela alegria das Copas anteriores, com ruas enfeitadas, bandeiras nos carros e sacadas dos prédios coloridas de verde e amarelo.
Eu, um exímio fogueteiro, não comprei um rojão sequer, nem mesmo aquelas bombinhas fininhas e fraquinhas, ou uma caixa de estalinhos.
Após os gols brasileiros, não se escutam os pipocos dos fogos que eram disparados das varandas dos prédios em festiva comemoração. Apenas uns estouros esparsos e longínquos.
Em comparação com outras cidades, onde não mais teremos jogos nos estados bilionários, o Rio continua fervilhando de turistas, que inundam e incomodam os moradores da zona sul, especialmente Copacabana, atualmente território internacional.
Nossa seleção deu uma melhorada.
Já consegui botar o Paulinho para escanteio, faltando ainda aposentar o Fred e o Daniel Alves.
Talvez esses dois ainda resistam até o primeiro tempo contra o Chile.
Até mesmo um cabeça dura e estrábico como Felipão, terá que se render a evidência dos fatos. São bananeiras que já deram cachos.
Se no futebol a situação anda morna, na política, na economia e na justiça estamos de marcha ré.
Partidos e candidatos se acasalam em uniões espúrias, correndo atrás de minutos e segundos na TV, acreditando que um tempinho adicional permitirá convencer eleitores desavisados de suas “boas” intenções.
Os nanicos, partidécos de aluguel, como prostitutas de beira de estrada oferecem seu parcos segundos a que interessar possa, prontos para alcovitarem-se diante da melhor oferta.
Enquanto a produção industrial e a oferta de empregos diminuem, antecipando um ano de crescimento incipiente e PIB fraco, a inflação ganha fôlego e mostra suas garras, com os preços subindo feito balões, em noite de São João.
Nossa capenga justiça, conforme já era esperado após o afastamento do nosso “becão de fazenda”, Joaquim Barbosa, abre as pernas de vez, facilitando a vida de criminosos de alta periculosidade, concedendo benefícios inaceitáveis aos membros da perigosa quadrilha de mensaleiros.
Barroso está aplainando a curva, transformando penas de condenados em caminhos suaves, que beiram a impunidade.
A Petrobras, independente de CPIs, CPMIs, continua tentando iludir o povo, com declarações mentirosas de ex-diretores e presidente, negando o óbvio, tentando desacreditar órgãos de fiscalização do próprio governo, que provaram desvios e superfaturamento em suas obras.
Com uma dívida imensa, acumula prejuízos, ferrando com os acionistas e marchando para um futuro incerto.
Um contexto desanimador, impossível de passar despercebido por qualquer brasileiro razoavelmente arguto, que vai semanalmente ao supermercado e se defronta com a crua realidade.
Já atravessamos mares revoltos!
“Imaginem como vai ficar depois da Copa?”

José Roberto- 27/06/14




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