sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

REENCONTROS


REENCONTROS

 

Só pode ser conseqüência ou reflexos da idade avançada, pois estou ficando um molenga sentimental.

Se a sensação de rever velhos amigos é tão boa e reconfortante, porque esperamos tanto para proporcionar esses reencontros que apascentam  nossa alma faminta?

Aproveitando uma viagem a trabalho, estivemos em Campinas revendo velhos e queridos amigos.

Surpresa foi topar com Laércio (Saponga), parceiro de aventuras e tantas pescarias, em Itanhaém e Peruíbe.

Ao nos abraçarmos fortemente, senti que Laércio estava muito emocionado, pois não nos víamos há muito tempo.

Lembranças fluíram em nossa mente, da época em que éramos jovens e sonhadores.

Laércio foi um caso típico de implicância a primeira vista.

Quando o conheci em Rio Claro, com aquele jeitão ressabiado, caminhando rápido e olhando de soslaio, sempre com a mesmo malha vermelha, o considerei de imediato um “querosene”(expressão de Itajubá).

Alguns meses depois, já em Itanhaém, quando soube que ele viria para nossa republica, refuguei, porem Sérgio contornou o problema esclarecendo que Laércio “era boa gente”, apenas meio assustado.

Derrubando o mito “da primeira impressa é a que fica”, nos tornamos grandes amigos, pois tínhamos muito em comum.

Lamentamos não ter encontrado com Célia e os filhos, absorvidos por questões particulares e profissionais.

Nossos anfitriões foram Sérgio e Gláucia, que tinham estado conosco no Rio, depois de um lapso inexplicável de mais de vinte anos.

Estávamos em falta, apesar dos contatos via telefone e email, principalmente Regina e Gláucia, que se comunicam constantemente, pois nada supera o prazer de revermos pessoas tão queridas, da troca de abraços, sorrisos e de dizer aquelas palavras e frases tão manjadas, mas que fazem um bem danado aos nossos velhos corações.

Sérgio e Gláucia foram e são nossos irmãos de sangue, ou muito mais que isso.

Conheci Sérgio ainda solteiro, começando a vida profissional na CESP, em Itanhaém.

Nossas afinidades eram tantas que nos tornamos inseparáveis.

Após nossos casamentos, continuamos trabalhando juntos em Atibaia, durante quatro bons anos, festejando o nascimento de Ana Flavia, nossa primeira filha por afinidade.

Necessidades profissionais e o destino nos separaram, mas continuamos mantendo contato, acompanhando o nascimento de mais duas belas meninas, Maria Tereza e Renata.

Porem, sem que déssemos conta, aos poucos nos afastamos, vindo finalmente e nos reencontrar no Rio, ocasião em que os velhos laços de tão grande amizade falaram alto, fazendo emergir um turbilhão de emoções que não poderiam ficar represadas.

Estar em Campinas com Sérgio e Gláucia e ainda ter a imensa satisfação de rever Ana Flavia, Maria Tereza e Renata, em minhas lembranças meninas impúberes, hoje, mulheres feitas e muito bonitas, cada uma com traços marcantes de seus pais, daquele jeito típico que as tornam diferentes, únicas, porem frutos da mesma boa cepa.

Escrever um texto sobre esse reencontro sem ser piegas ou citando lugares comuns é tarefa impossível, porem, o que vale é a energia positiva que aflora, iluminando nossos corações e nos rejuvenescendo, ao menos em nossos íntimos.

Não posso deixar de mencionar nosso bom jogo de tênis, onde fazendo dupla com Sérgio fomos imbatíveis e como adversários, penei com suas bolinhas cortadas e cheias de efeito.

Fiz também parceria com o Hugo, companheiro de Cesp com quem tive pouca lida, mas que também despertou velhas lembranças, comprovando que contatos e amigos do passado, como o vinho, ficam com um sabor especial ao envelhecer.

Uma visita apressada, mas muito gratificante, que terminou com muitos abraços e promessas

Temos que deixar de ser preguiçosos(eu especialmente), para que esses reencontros não sejam eventos especiais, mas sim rotineiros, mantendo essa troca de afeição e carinho, enquanto o tempo nos permitir.

Ao Sérgio, Gláucia e filhas, um abraço especial, e ao velho Saponga um beijão do amigo Gigi.

Já, com muitas saudades!

 

José Roberto- 22/02/13

 

 

  

 

2 comentários:

  1. Amigos são pérolas que devem ser conservadas com todo o cuidado e carinho.
    Quem tem bons amigos pode dizer que viveu e não apenas passou pela vida!!!

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  2. Com esta sua ótima crônica, pois a vida é feita de encontros e rencontros, eu também tive a oportunidade de me emocionar ao ter notícias de tão grandes amigos, que são o Sérgio e o Laércio, pessoas maravilhosas, que fizeram parte do início de nossas vidas na CESP em Itanhaém. Lembrei de tantos amigos, que emocionado não conseguirei lembrar de todos, no entanto, como homenagem a todos vou ouvir esta música:Encontros e Despedidas Milton Nascimento -
    http://www.youtube.com/watch?v=07Bn2ZZxfH0

    Um abraço a todos,

    Vanderlei Zanetti

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