segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A VOLTA DO EFEITO ORLOFF


A VOLTA DO EFEITO ORLOFF

 

Em meados dos anos oitenta, um comercial bem bolado de um conhecido vodka, mostrava um sujeito acordando com uma tremenda dor de cabeça, por ter tomado um vodka qualquer, ao invés do especial Orloff,  enquanto outro, acordava tranqüilo e sorridente, sem qualquer sinal de ressaca, porque havia bebido a vodka correta.

“Eu sou você amanhã”.

Esse era o mote principal da campanha, apropriado por nossos economistas para exemplificar os desacertos da era Sarney, em função dos planos econômicos que quase levaram o país a falência, semelhantes aos que haviam sido anteriormente adotados por nossos hermanos argentinos.

O que deu errado no país vizinho, certamente daria também zebra em nossa terra.

Esse era o “efeito orloff”.

Com o Plano Real o Brasil entrou nos eixos, a inflação galopante foi contida, a produção industrial cresceu, o agro negócio deslanchou , demos os primeiros passos para escapar do subdesenvolvimento.

Os hermanos não tiveram essa sorte ou capacidade, amarrado por governantes incapazes, principalmente com o casal Kirchner.

Se era ruim com o marido, com a mulher piorou bastante.

Essa doidivana que governa nossos rivais do sul, alem de se esforçar ao máximo para acabar com a liberdade de imprensa, manipula todos os índices econômicos sem constrangimento.

O números argentinos são “contos de fadas”, irreais, ninguém acredita neles, muito menos o povo, atolado no desemprego e com a economia andando firme de marcha ré.

Acreditávamos que a velha expressão já tivesse sido expurgada de nosso vocabulário economês, porem, os cérebros petistas conseguiram ressuscitá-la, notadamente após a crise internacional de 2008.

Através do BNDES, a mentalidade intervencionista e estatizante petista botou as mangas de fora, distribuindo grana farta e barata a diversos ramos de atividade, principalmente a simpatizantes da causa e adeptos da mamata, causando um forte desequilíbrio nas contas internas.

Para cobrir esses rombos, o Tesouro socorria o banco estatal, emitindo títulos descontados no mercado interbancário, fazendo a festa dos banqueiros, que faturaram adoidados, como “nunca na história desse país”.

Para fechar as contas e atingir as metas de “superávit primário”, os alquimistas do governo, sob a orientação do ministro Guido Mantega, inventaram um novo tipo de contabilidade, deixando de cabelo em pé os entendidos do assunto.

Em 2008 ou 2009, até a produção dos campos do pré-sal foram contabilizados, alem de outras barbaridades apontadas pelos especialistas, numa imitação vergonhosa do que ocorria com nossos hermanos.

Em 2012 a situação se repetiu de forma mais veemente, com transferência de ações do BNDES para o Banco do Brasil, Caixa Econômica e a raspagem do saldo do tal Fundo Soberano.

Esse Mantega, alem de ser um incompetente de primeira, um dos piores ministros da Economia que já tivemos, pois não acerta uma, tudo que prevê dá exatamente o contrário, está levando o país ao descrédito total junto a comunidade internacional, que fica receosa em aplicar dinheiro num país que não é serio.

Completando esse quadro tenebroso, essas medidas intempestivas e irreais, correm o risco de reacender a inflação, que já é bem maior que a aferida pelos índices oficiais.

Se a coisa já está ruim, imaginem com não ficará depois da Copa e da Olimpíada?

Só espero que dessa vez, o “Efeito Orloff” não seja mesmo para valer, senão estaremos ferrados.

 

José Roberto- 07/01/13

 

3 comentários:

  1. Do jeito que andam maquiando nossas contas públicas, logo mais estaremos bem próximos de nossos hermanos, com inflação, dolar em alta e custo de vida la em cima.
    O pior, é que com esse políticos que temos, nao vemos como cosertar esses estragos.

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  2. Nossa Presidente posa como grande controladora e tocadora de obras, quando na realidade ela não enxerga as tramóias que estão sendo urdidas por seus auxiliares.
    Ela também não é de nada, aprendeu a não ver os malfeitos, tomando providências apenas quando a imprensa bota a boca no trombone.
    Não vejo boas perspectivas para nosso país.

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  3. Enquanto a Argentina manipula dados da inflação, e outros mais, desmoralizando sua imagem mundo afora. O Brasil tem recorrido a artifícios contábeis para maquiar resultados econômicos do país, o que sem sobra de dúvidas poderá ocasionar também um descrédito para o país. Como o populismo tem prosperado da América Latina, o Brasil também nos últimos dez anos vem vivendo este clima político, que poderá a curto prazo trazer sérios problemas econômicos, dado que o populismo é tido como um grande inimigo da democracia. Os populistas jogam com a emoção e o modo de apresentação do populismo é a demagogia. Não me parece que a "gerentona" é dada a gerenciar as coisas. Vide o Setor Elétrico, o qual ela esteve a frente no Ministério das Minas e Energias, no governo do Lulla.

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