quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SANDY/JUNIOR E ALGUMAS REFLEXÕES


SANDY/JUNIOR E ALGUMAS REFLEXÕES

 

Assistimos boquiabertos e assustados, os estragos causados pelo furacão Sandy, açoitando a costa leste americana, infringindo danos incalculáveis a inexpugnável “Big Apple”.

Nem mesmo o finado e famigerado assassino de massas e inocentes, Osama Bin Laden, poderia ter arquitetado um ataque frontal com tamanha ousadia e intensidade ao nosso grande irmão do norte, que mesmo precavido com antecedência pelo ótimo sistema de controle meteorológico, pagou caro pela fúria da natureza.

Invejo a determinação, o brio e o patriotismo dos americanos, que a cada tragédia, se reerguem mais fortes e altivos, turbinados pelo imenso amor a pátria, prontos para novos desafios e embates.

Justamente o que nos falta.

Não vou mencionar os políticos, pois estamos cansados de saber que essa é uma classe espúria, com raras exceções, olhando apenas para o próprio umbigo, preocupados em encher os bolsos e as cuecas.

Falo do povo em geral, desde os mais esclarecidos até o grande manancial de analfabetos e semi-alfabetizados, que compõem a maioria da nossa população.

Uns se eximem de lutar por seus direitos e um futuro melhor por preguiça, medo e acomodação, sabendo que são poucos, rendendo-se aos percalços que encontrariam pelo caminho.

Outros, a maioria absoluta, deixam-se seduzir por falsas promessas e benesses assistencialistas, bolsas esmolas que os tornam dependentes e viciados nos favores governamentais.

O brasileiro é essencialmente um egoísta, preocupado com si próprio, pouco importando se sua cidade, seu estado, seu pais seja mal governado, desde que lhe sobre algumas rebarbas.

Com a abolição do ensino obrigatório de civismo nas escolas, o sentimento de brasilidade e amor a pátria feneceu, pois como qualquer planta ou criatura, precisa ser regada e alimentada, para crescer e enraizar nas mentes e corações.

Antigamente, desde os primeiros dias de aula, aprendíamos a cantar o hino nacional, da bandeira, as professoras se preocupavam em nos tornar pequenos cidadãos, fazendo brotar as raízes do verdadeiro patriotismo.

Atualmente a palavra da moda é cidadania, utilizada nas situações mais estapafúrdias, que realmente poderia ser exercida em sua plenitude, se todos conhecessem o sentido real dessa palavra, embasada nos conceitos nobres de civismo e patriotismo.

Costumo brincar com meus amigos, perguntando se mandariam seus filhos para o campo de batalha, caso o Brasil se envolvesse em algum conflito militar.

A resposta invariavelmente é sempre a mesma.

Trataria de enviá-los para a segurança de um vizinho neutro, até que o conflito acabasse, pois os que estão por aqui, no poder, não merecem esse sacrifício e desprendimento.

Posso afirmar que amo meu país, mas amo muito mais a minha família, numa nítida involução cívica, motivada pelas razões que conhecemos.

Bem, se os USA tiveram a Sandy, nos já tivemos por aqui a dupla Sandy/Júnior,  invenção da Globo que causou grandes danos aos nossos ouvidos e a musica popular.

Se os pais dessa dupla explosiva, eméritos uivadores sertanejos, já eram dose mais que exagerada, os filhos moderninhos, eram o contraste de péssima qualidade.

Ainda bem que passaram, um desastre passageiro que não deixou lembranças nem saudades.

Nesse meio tempo, mesmo com um povinho que não é lá grande coisa, o país vai seguindo, rumo ao....

 

José Roberto- 31/10/12

 

 

 

 

 

 

 

 

3 comentários:


  1. Parece que de vez em quando você tem uma recaída e começa a filosofar.
    Até que você tem razão em sua peroração, pois se não temos grandes desastres naturais , temos um povinho que não é lá grande coisa.
    Deus nos privilegiou por um lado e castigou por outro.

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  2. Somos mesmo um povinho que não tem civismo nem orgulho do país, caso contrário não elegeríamos essas drogas de políticos que só nos espoliam e roubam.
    Infelizmente, não vejo perspectivas de mudança.

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  3. Um amigo, que era diretor de uma empresa aqui no Brasil, foi transferido para uma cidade perto de Chicago. Chegando lá a empresa americana apresentou a escola municipal para os filhos dele estudarem. Não deu outra. A escola municipal, que é de graça, é muito melhor que a escola cara que ele pagava aqui em São Paulo. Se continuarem nos EUA, com certeza os meninos irão virar "americanos". E então bye Brasil! Enquanto isto, nossas escolas públicas, na sua grande maioria, vai de mal a pior. Ou seja, a "infraestrutura humana" é muito mal construída no Brasil, pois não interessa aos governos que o povo seja realmente patriota, educado e culto.

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