quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PESQUISAS ELEITORAIS


PESQUISAS ELEITORAIS

 

Estudiosos já afirmaram que a estatística é uma ciência muito próximo da matemática, porem sem sua preciosa exatidão.

Existe apenas uma classe que consegue deturpar a pureza dos princípios matemáticos, a classe política, que transforma facilmente dois mais dois, em cinco ou seis, quando se trata de meter as mãos no dinheiro público.

Se esses famigerados que escolhemos para nos representar, conseguem subverter uma ciência exata, imaginem o que não podem fazer com a estatística e suas incontáveis margens de erro.

Acredito que justamente nesse fato, resida um dos principais problemas e males das pesquisas eleitorais.

Determinado candidato, contrata um desses institutos menores para elaborar uma pesquisa de intenção de votos, dando a entender, que poderá se tornar um cliente assíduo se os resultados forem satisfatórios.

Excluindo Datafolha e Ibope, todos os demais correm feito loucos atrás de verbas, mais sujeitos a efetuar pesquisas duvidosas, bem a gosto do cliente.

Provar que determinada pesquisa foi tendenciosa é assunto complicado, pois são muitas a variáveis que influem no processo.

Uma pesquisa pode ser totalmente diferente da outra, em função da metodologia, amostragem, do universo, dos segmentos escolhidos, das classes sociais pesquisadas, enfim um número imenso de detalhes que podem desvirtuar o resultado, direcionando-o de forma tendenciosa para agradar ao patrono do evento.

Não podemos deixar de mencionar o último e principal detalhe, a famosa margem de erro, para maior ou menor, variando ao sabor dos interesses envolvidos.

Não concordo com afirmações de titulares desses institutos, alardeando que as pesquisas ajudam o eleitor na escolha dos melhores candidatos, como se estar na ponta, seja um salvo conduto ou atestado de idoneidade.

Salvo exceções, exemplo típico do que ocorre no Rio de Janeiro, normalmente candidato que sai na ponta, fica na rabeira, fato que vem ocorrendo nas principais cidades e capitais do país.

Se essas reviravoltas são frutos da divulgação excessiva de pesquisas, é uma das evidências a ser levada em conta, pelos que se dizem estudiosos do assunto.

É óbvio que não chegarão a conclusão nenhuma, tanto pela inexatidão da matéria, a forma de como é tratada em cada instituto, terminando pela indefectível cabeça do povo, o elo final do processo.

Tenho certeza apenas de um aspecto, relativo a intensa publicação de pesquisas antes do pleito. Elas subtraem votos dos pequenos partidos, daqueles que estão na rabeira, estimulando o que é comumente chamado de “voto útil”.

Votar num dos mais cotados, já que o candidato de sua preferência não tem a mínima chance.

Ou mesmo o voto por comodidade, evitando a “saco” de ter que votar num segundo turno.

Segundo meu entendimento de emérito cientista político(eh,eh.eh,), esse porre de pesquisas de intenção de voto a que somos submetidos, influi e direciona o voto das minorias, favorecendo os tubarões dos grandes partidos e detentores do poder.

Conclusão: “aqueles que já estão mamando, tem grande chance de continuar sugando as sagradas tetas do erário publico”.

 

José Roberto- 03/10/12

 

 

 

 

3 comentários:


  1. Acertou na mosca, com esse ótimo e esclarecedor texto.
    Pesquisas em excesso cheiram mal, e podem influir no resultado do pleito.
    Concordo em gênero, numero e grau com o que você escreveu.
    Abs,
    Pedro Paulo

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  2. Também concordo com suas colocações, pois tenho quase setenta anos e nunca fui entrevistado.
    Essas pesquisas devem ser dirigidas, e estratificadas de acordo com o interesse do freguez, pois já estamos cansados de saber que não somos um país sério.

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  3. Não sei se as pesquisas influem no resultado de uma eleição, sei apenas que também nunca fui entrevistado.
    Acho que as entrevistas são dirigidas, principlamente para as classes menos favorecidas, mas influênciaveis.
    Os resultados são esses que vemos, sempre ganham os maiorais.

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