segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUEM TEM..., TEM MEDO.


QUEM TEM..., TEM MEDO!

 

Voltando de Cuiabá via Brasília, onde esperei duas horas pela conexão do vôo para o Rio, eis que para meu desgosto e espanto, topo com um tipo sem graça, talvez se sentindo deslocado por ter que se sujeitar como todos os mortais, a esperar em fila, a ordem de embarque.

Nada mais, nada menos que o "desenchabido" ministro Dias Toffoli, o eficiente menino de recados petista e valente defensor dos mensaleiros.

Alem da azia que senti instantaneamente, ensaiei uma vaia e soltar um monte de impropérios, que felizmente não foram levados a cabo, devido ao repentino  bom senso e ao “cagaço”, pois ofender um ministro, mesmo um boçal, poderia me acarretar sérios problemas.

Na parte final do meu retorno ao lar, cansativa, com cinco horas de carro de  Pontes de Lacerda a Cuiabá, espera nos aeroportos, aviões lotados, teria ainda que compartilhar o ultimo trecho com alguém que abomino e que jamais pensei que cruzaria meu caminho.

Inesperadas armadilhas do destino.

Saquei de imediato, que o cabra petista estava tomando um vôo de carreira, depois de ter sido denunciado pela revista Veja, que ele e o colega Lewandowiski(outro leal defensor dos mensaleiros), tem vindo constamente ao Rio, a bordo de jatinhos executivos, para dar aulas na Universidade Gama Filho, mordomia concedida por uma universidade que não cumpre suas obrigações trabalhistas para com os professores demitidos, que se rebelaram contra esse esbanjamento de recursos.

O serviçal ministro, tentando dar uma de bom moço, resolveu se passar de “gente como a gente”, mas era mais que óbvio, que se sentia constrangido misturando-se ao populacho.

Faltou coragem para soltar a vaia, que com certeza, seria engrossada por outras pessoas, assim que o ministro fosse identificado.

Coragem que não faltou aos eleitores de Campo Belo, bairro da zona sul paulistana, que hostilizou o ministro Lewandowiski, com vaias e gritos, chamando-o de “bandido, corrupto, ladrão e traidor”, deixando o revisor acabrunhado, não lhe restando alternativa senão reconhecer, que essas reações eram normais num regime democrático.

Voltando ao meu vôo, de Brasília ao Rio, quando notei que Toffoli passava pelo corredor para ir ao banheiro, até ensaiei esticar a perna e lhe dar uma rasteira.

Novamente minha valentia se limitou as intenções ocultas, nada se concretizando de fato.

Escrevendo agora esse texto chego a uma taxativa conclusão:

Me tornei um velhote cagão e falastrão.

 

José Roberto- 29/10/12

Um comentário:


  1. Você perdeu uma oportunidade de ouro, de dar o troco para esse ministro canastrão.
    Não se amofine, pois tomos somos cagões.

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