quinta-feira, 1 de novembro de 2012

OS BRAÇOS CURTOS E LENTOS DA JUSTIÇA


OS BRAÇOS CURTOS E LENTOS DA JUSTIÇA

 

O renascimento da credibilidade do STF periga desandar, pois as notícias que temos lido e ouvido não são nada alvissareiras.

Esse desencanto no faz lembrar do passado recente, em que os políticos faziam o diabo para manter o “foro privilegiado”, pois tinham certeza da impunidade de seus crimes.

Os processos que dormitavam no STF contra crimes de colarinho branco, raramente eram julgados, relegados as calendas, acabavam por prescrever e perder sua validade.

Quem se lembra do nome de ao menos dois políticos cassados por corrupção, por nossa Suprema Corte nos últimos dez anos?

Tarefa inglória. Forçamos a memória, esquentamos a “cuca” e nada.

A quadrilha de mensaleiros comandada por José Dirceu, Genoino e Delúbio, mesmo após denunciada, tinha esse mesmo sentimento, de que tudo acabaria em nada.

Não contavam com a tenacidade e a fibra do Ministro Joaquim Barbosa, que sacudiu a poeira, induzindo os demais membros do egrégio tribunal a se empenhar nessa cruzada moralizadora.

 Bem, nem todos, pois dois em especial, Rolando Lero Lewandowiski e o inexpressivo Toffoli, deram mostras de não ter entendido o anseio popular, dando a impressão de seguir orientações partidárias, ao invés de se preocupar em punir exemplarmente corruptos contumazes.

Intencionalmente ou não, esses dois ministros foram os melhores advogados de defesa desses famigerados réus, contribuindo para amenização de suas condenações e conseqüentes penas.

Mesmo com esses percalços estávamos nos sentindo aliviados, pois “pela primeira vez na história desse país”, peixes graúdos, corruptos de alto coturno, iriam finalmente pagar, ao menos parcialmente por seus crimes, pois os danos que causaram ao país são irreparáveis.

Porem, eis que surge a surpresa desagradável, prevalecendo o velho e surrado ditado: “alegria de pobre dura pouco”, pois pelos frigir dos ovos, esses sátrapas, somente terão que cumprir suas penas lá pelos idos de 2013/2014, após a publicação da sentença transitar em julgado e se esgotarem os recursos protelatórios.

Rezamos para que o STF seja ágil, publicando de imediato a sentença após essa lenta e sofrida dosimetria das penas, pois houve casos, em que a publicação levou mais de seis meses.

Não sou especialista em leis, mas não dá para entender, como uma decisão de um tribunal superior de ultima instância, o mais importante, poderá ser contestada por advogados que apenas visam ganhar tempo, protelando a prisão de seus clientes.

É mais uma grave distorção do nosso sistema legal, que deverá ser superada e corrigida, prevalecendo a lógica, ou seja, cadeia imediata para esses corruptos nojentos.

É o mínimo que ensejamos, nós, brasileiros, pagadores de impostos!

José Roberto- 01/11/12

 

4 comentários:


  1. Concordo em gênero, número e grau com suas colocações, pois se esse bandidos não forem imediatamente punidos, aumentára a descrença em nosso fálido sistema jurídico.

    Pedro Paulo

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  2. Muito oportuno seu texto, pois nossa expectativa é de uma condenação e prisão rápida para todos envolvidos nesse imenso crime de lesa pátria.
    Se não ocorrer o previsto, será uma grande decepção para todos os brasileiros honrados e pagadores de impostos escorchantes.

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  3. Era de se esperar que julgados em última instância não acontecessem recursos. Mas, isto aqui é Brasil e tudo pode acontecer, pois os julgados são defendidos pela "elite" dos advogados brasileiros, que devem estar sendo pagos com dinheiro do mensalão. Alguém duvida? Sou igual São Tomé. Somente acredito quando estiverem na cadeia, no entanto, passarão um pouco tempo lá e retornarão para usufruir do dinheiro acumulado no exterior. Será que alguém acredita que eles estão sem dinheiro?

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  4. Ainda bem que temos o nosso Pelé no STF, demonstrando garra e fibra de uma raça que não precisa de quotas para vencer na vida, pois ao contrário de Lewandowiski e Toffoli que se tornaram juízes de favor, nosso grande Joaquim Barbosa passou em todos os concursos.
    Esse sim é um juiz e ministro digno da toga que veste.

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