quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A MULHER DE JESUS


A MULHER DE JESUS

 

Discutir religião é assunto complicado, pois trata-se de escolha pessoal, problema exclusivo de foro íntimo.

Normalmente, herdamos a religião de nossos pais, pois a convivência, o exemplo e a prática religiosa familiar, tem um peso significativo em nossa opção adulta.

É obvio que a informação e a cultura que vamos adquirindo ao longo dos anos, pode alterar nossos pontos de vista, bem como a forma de encarar as coisas espirituais.

O conhecimento pode transformar as pessoas, tornando-as mais céticas ou mais religiosas, numa contraposição impossível de ser entendida ou explicada, embora cada um, acredite em suas próprias razões.

Estranhei o imenso volume de cartas indignadas, encaminhas a seção específica de O Globo, criticando uma fato ou pintura, de um artista plástico, estampada na capa da revista dominical do jornal, retratando a “Perseguida”.

Esse falso moralismo é de doer, quando as próprias novelas da Globo, desde as mais inocentes do horário das seis, estão repletas de cenas pesadas, de ficar, lesbianismo, gays, traições, corneamentos e todos os tipos de sacanagens, normalmente assistidas por crianças e adolescentes, viciados nessas porcarias de péssimo conteúdo,  influenciando de forma licenciosa, as novas gerações.

Não li uma única crítica a sátira desrespeitosa do Agamenon( o casseta Hubert), da qual sou um leitor fiel, mas que no domingo último pegou pesado, esculachando essa lorota de que Jesus era casado.

Se tivesse escrito algo semelhante sobre o profeta Maomé ou sobre o Corão, já estaria com certeza, na lista de Ahmadinejad e companhia, com a cabeça a prêmio.

Não sou carola, mas acho que tudo tem um limite, inclusive as gozações, principalmente em se tratando de religião, um assunto tão delicado, e que mesmo um ateu ou um agnóstico, tem que respeitar a escolha de outrem.

Os jornais e a mídia vivem de noticias bombásticas, pois só assim se justifica o realce dado a descoberta pela historiadora americana Karen King, de um papiro fajuto, possivelmente escrito no século IV , dando possíveis evidências de que Jesus era casado com Maria Madalena.

De tempos em tempos são descobertos esses tais papirus, manuscritos, que após uma análise detalhada comprovam ser uma farsa, montagem, para denegrir determinadas religiões.

Essa tal de Karen King conseguiu seu minuto de fama, mas o Agamenon foi terrivelmente chato, escolhendo e ridicularizando esse tema. Sugiro, sem querer fazer o papel de censor,  que volte a falar dos nossos políticos, esses sim, merecedores de todos os tipos de esculachamentos e baixarias.

 

José Roberto- 26/09/12

 

 

 

3 comentários:

  1. Concordo plenamente com suas colocações, pois também achei o texto do Agamenon exagerado, de péssimo gosto.
    Quanto as reclamações sobre a foto da perseguida, acho que isso é realmente um falso moralismo, pois nesse mundo moderno não há mais inocência, nem mesmo entre crianças e jovens.

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  2. Inocente é o nosso ECA - Estatuto da Criança e Adolescente que está enchendo de bandidos todas as cidades do Brasil. A televisão talvez seja uma das melhores invenções, no entanto, está sendo um dos piores veículos de comunicação e deturpar toda uma sociedade. Quanto menos tempo assistir a televisão melhor. A televisão é ópio da sociedade, principalmente das camadas mais pobres da população.

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  3. Dizem que futebol e religião não se deve discutir, mas é impossível se calar diante da besteirada que o Agamenon(casseta) publicou no segundo caderno de O Globo de domingo.
    Palavras de baixo calão, ofendendo os cristãos e pessoas que tem alguma religiosidade.
    Dessa vez pisou na bola, ainda bem que com os católicos, senão estaria ferrado.

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