sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SEXTA-FEIRA 13

SEXTA-FEIRA 13

Não é a toa que alguns profetas de araque afirmam que o mundo acabará em 2012.
Logo na segunda semana, uma sexta-feira treze.
De quebra, teremos ainda mais duas, uma em abril, outra em Junho.
Ano passado somente uma, em maio.
E olhem que foi um ano ruinzinho. Corrupção desenfreada nos órgãos públicos, seis ministros chutados por “maus feitos”, um pela soberba, dois ou três balançando na corda bamba, investimentos estatais em banho-maria, PAC empacado, promessas, promessas e promessas...
Começo a desconfiar que as sextas-feiras treze são encomendadas pelos negociantes de artigos “macumbológicos”, pois aqui no Rio, as lojas do “Saara” que negociam esses produtos, tiveram nos últimos dias, movimento dobrado.
Imagino o que não encontrarei amanhã, durante o passeio matinal com o fiel e inseparável Vick?
Tenho tido o capricho de fotografar os despachos mais interessantes e tentadores.
Dias atrás, flagrei duas dezenas de quibes e outros acepipes que deixaram Vick com água na boca. Até eu fiquei tentado.
Outra vez, foram dezenas de bombons “sonho de valsa e serenata de amor”, aguardando a chegada de algum mendigo esfomeado.
Complementando essas oferendas, sempre algumas garrafas de cidra Cereser, Contini(Martini de pobre) e refrigerantes. Cerveja raramente, o que me leva a concluir, que as “entidades” do alem não são chegadas a uma “loira”.
Como podem deduzir, sou um cético e considero um desperdício essas oferendas,
Acredito inclusive, que os “espíritos” ficariam muito mais tocados, caso os comestíveis utilizados nos despachos, fossem ofertados a creches e obras sociais.
Mas quem sou eu e que direito tenho para opinar e interferir em crenças e religiões de foro íntimo?
É melhor ficar na minha, e não palpitar em assuntos controversos.
Porem sofro do mal da “língua grande” e muitas vezes peco por não ficar com a boca fechada, ou com os dedos longe do teclado do computador.
Continuando, dizem que os políticos estão entre as espécimes mais supersticiosas, comparecendo a ritos e solenidades de todas as religiões.
Sei não!
Puro jogo de cena, a maioria são farsantes e demagogos, fingindo-se de crentes apenas para angariar votos.
O único Deus adorado por essa cambada, é o “L’argent”, a “verdinha”, a grana.
Lembrando, que ainda ocorrerão mais duas sextas-feiras no presente exercício(se o mundo não acabar), algum puxa-saco poderia sugerir a D. Dilma, encomendar um despacho junto a um especialista baiano, a fim de exorcizar o rebotalho ministerial herdado do Batráquio.
Se não houver uma mãozinha do alem, não tenho duvidas que teremos que continuar a conviver com a mesma curriola, pois reforma, só se for das instalações físicas do Palácio da Alvorada.

José Roberto- 13/01/12

4 comentários:


  1. Não adiante disfarçar, pois sei que você é macumbeiro, fumador de charuto.
    Faça um despacho para que a turma do mensalão seja julgada ainda esse ano, evitando a prescrição das penas.
    Fume 10 charutos, tome 2 garrafas de cachaça e invoque as entidades.
    Saravá.

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  2. O roubo agora tem um neologismo: "movimentação atípica". Os despachos também precisam contemplar essa turma e os mendigos que comerem "sonho de valsa" e "serenata de amor" de macumba, vão "dançar"...
    Luizinho.

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  3. Me informe direito onde é que estão sendo feito esses despachos porque estou interessando nos bombons.
    Acho que vou dar uma passada nessa praça, amanhã, antes que você rape os manjares.

    Pedro Paulo

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  4. A política brasileira, nem com os maiores e melhores despachos, nas sextas-feiras 13, poderá melhorar. Em São Paulo, o Alckmin está as mil maravilhas com a Dilma, parecem até amigos de infância. O Kassab, com o seu PSD, se não der aliança com o PSDB se aliará com o PT. Já em Brasília, no Congresso Nacional, o “Dono do Brasil”, o Sir Ney, passeou por todos os lados, ontem de braços dados com o Ministro Fernando Bezerra, que não quer desmamar de jeito nenhum das tetas do governo. Os dois riam à vontade, parecendo até que não existe nenhuma catástrofe no país. Enquanto o povão deslizava nas encostas brasileiras, sem nenhum rumo e destino, Sir Ney e Bezerra desfilavam parecendo dois pavões, para o deleite dos congressistas em Brasília. Como já disse, anteriormente, não existe despachos que mudem esta situação. Pobre povo brasileiro!

    Vanderlei

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