sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O BERRO DO BEZERRO

O BERRO DO BEZERRO

Diz o ditado, que “o bom cabrito não berra”, mas o pernambucano Bezerra, que não é cabrito, mas sim bode feito e criado, reagiu com firmeza diante das ameaças de “encabrestamento” emanadas do palácio do planalto.
Foi a TV e baliu grosso, afirmando que não aceita ser ministro “meia foda”.
Trincando nos cascos, coçou a barbicha frisando que não admite monitoramento em sua pasta. Ou manda e desmanda, ou pede o boné!
Nada a estranhar, pois Bezerra fez exatamente o que havia feito seu antecessor, o baiano Geddel Vieira Lima, que destinou à Bahia, em especial a Feira de Santana, sua base política, o grosso das verbas do ministério da Integração Nacional.
Esses dois ministros apenas mudaram o nome do ministério, que ao invés de Integração Nacional, passou para Integração Estadual.
Se Fernando Bezerra merece ser reprovado, é por “cola”, pois copiou na íntegra, o roteiro de Geddel.
Esses dois fizeram exatamente o que todos fazem.
Qual é o ministro que não privilegia seu estado com verbas e obras federais?
Até o famigerado Zé Dirceu, mensalista corrupto, ladrão, safado, Rasputin disfarçado, cassado e ainda não julgado, consegue demonstrar seu poder que nunca diminuiu na corte palaciana, conseguindo verbas astronômicas para Cruzeiro D’Oeste, minúscula prefeitura paranaense tocada pelo filhote Zeca.
Nada a acrescentar nesse velho e tradicional costume reinante entre os poderosos, a exemplo do que ocorre no Senado, onde o velho marimbondo de fogo pinta e borda, destinando grande volume recursos ao Maranhão, que por alguma estranha razão, não sai da rabeira do ranking dentre os estados com pior índice de desenvolvimento.
No Maranhão, a grana chega por uma porta e sai pela outra. Mistério que nem mesmo Mister X consegue explicar.
Cerrando fileiras com meus amigos pernambucanos, dou toda razão ao ministro Bezerra, que pelo menos não está sendo acusado de desvio ou superfaturamento de verbas.
Apenas canalizou recursos para obras em seu quintal.
Estranho mesmo é a passividade de Dona Dilma diante da empombação do ministro, que falou grosso na televisão, recebendo apoio total de seu partido, inclusive do governador de olhos azuis(que as más línguas dizem ser filho do Chico).
Para acalmar a turma do PSB, a Casa Civil estornou o contingenciamento, alegando lapso na comunicação, ou como se diz também na linguagem popular, “mijou para trás”.
Os fatos recentes estão demonstrando, que aquela historia de que Dona Dilma era fera, durona, briguenta, cabra macho, não passava de puro engodo.
A Presidente, pela demora em adotar soluções drásticas e profiláticas, está demonstrando uma paciência budista, típica dos cordeiros.

José Roberto- 06/01/12

2 comentários:

  1. Estamos aguardando ansiosos a tão propalada reforma ministeria.
    Será que sai?
    Já estou na dúvida, pois a Presidente durona está bem molinha.

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  2. Aqui no Rio, palco de tragédias terríveis na região serrana, o governo não aplicou um centavo.
    O dois estados mais ricos do nordeste, estão levando vantagens, graças a seus políticos, mais espertos que os nossos.

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