segunda-feira, 29 de maio de 2023

LICENÇA PRÊMIO E OUTROS PENDURICALHOS

 

LICENÇA PRÊMIO E OUTROS PENDURICALHOS

 

No início de 1978, quando completei 10 anos de CESP, junto com um grupo de funcionários, entrei na Justiça tentando receber o prêmio que tinha direito, em dinheiro, equivalente a 6 meses de salário atual, correspondente aos dois quinquênios.

Esse benefício havia sido abolido alguns anos depois de minha admissão na empresa, moleza concedida a todos os funcionários públicos e das empresas de economia mista do Estado de São Paulo.

Em agosto do mesmo ano, me desliguei da empresa e vim para o Rio de Janeiro, contratado pela Eletrobras.

Se não me engano, em 1988 ou 1989, a CESP fez um acordo com a banca de advogados que cuidava do processo, concordando em pagar os valores integrais, com base nos salários atuais dos empregados que estivessem na ativa, aos milhares que haviam pleiteado o benefício, em 6 ou mais parcelas.

Foi uma farra geral, compras de carros zero, reformas em apartamentos, e os advogados que tocavam a causa ficando milionários.

Como ex-funcionário, algum tempo depois, recebi uma carta do escritório de advocacia, para comparecer em São Paulo, onde receberia uma ninharia que não pagava nem o custo da passagem área.

Liguei para os sabichões, que me orientaram a entrar com outro processo contra a CESP, pedindo a correção dos valores, cujo valor das custas era maior que o valor que tinha a receber, num processo que poderia levar outros tantos anos.

Solicitei a transferência da “quirera” para minha conta, o que não foi feito, mandando então, os advogados enfiarem o dinheiro no cu, desistindo de qualquer recurso.

Sacanagem pura, contra os “valorosos funcionários que colaboraram para o prestígio da CESP no setor elétrico”.

Essa moleza que havia sido praticamente extinta para todas as classes de empregados, vem sendo restabelecida aos poucos, principalmente para juízes, promotores e demais funcionários da Justiça.

Parece que algo semelhante está acontecendo até com os militares, caso desses últimos generais que se aposentaram, recebendo fortunas em seus contracheques, talvez até mesmo para pendurarem o quepe e ficarem quietinhos.

Sacanagem mesmo foi agora restabelecida aos juízes pelo CNJ, o auxilio creche, devendo se estender a promotores e órgãos correlatos, como Tribunais de Contas e porcarias semelhantes. Os felizardos receberão retroativos atualizados, desde que tivessem no período da suspensão, filhos de até 6 anos. Em valores corrigidos será uma bela grana.

Pior ainda para nós e melhor para os malandros,  o STJ, por decisão monocrática do corregedor Luiz Felipe Salomão, concedeu a todos os juízes que ingressaram até 2006, um aumento retroativo de 5% de seus salários, a cada quinquênio, beneficiando aproximadamente 2 mil juízes, com aumento real extemporâneo de quase 20%, além de receberem um bolada imensa, que segundo o TCU, custará a União cerca de  1 bilhão de reais, sem considerar o aumento cascata transferido ao estados, pois esses penduricalhos como praga, se estende a todos os níveis da justiça, Federal, Estadual e Municipal.

Os absurdos mencionados, são apenas algumas das vantagens vergonhosas sacanagens das quais tomamos conhecimento, pois existem uma porrada de “penduricalhitos” que escapam da lupa da tal “transparência”, que por sinal, anda muito embaçada.

Será que tem jeito?

Fora Mula!

 

José Roberto- 29/05/23

 

 

 

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