ASSUNTOS ESPARSOS NUMA SEGUNDA FEIRA FRIA

 

ASSUNTOS ESPARSOS NUMA SEGUNDA FEIRA FRIA

 

Nesta segunda, começo oficial do inverno, não quero escrever sobre política, pois tenho certeza que tal como eu, vocês que me aturam, devem também estar com o saco cheio da conversa e dos atos desses malandros, que cretinamente indicamos como nossos representantes.

Depois de um domingo agradável, com acirradas disputas na quadra de tênis, concluídas com a degustação de uma quantidade razoável de cervas e muita conversa fútil, constato abismado, que alguns membros da turma perdem tempo acompanhando seus times, Vasco e Botafogo, na segundona(futebol paupérrimo).  Santa devoção e paciência.

Pausa para almoço, um charuto e um filme de ação na Netflix; final de tarde encerrada com chave de ouro, graças a chegada da filha com os netos.

Zapeando na TV , só notícias desagradáveis, com a mídia comemorando os 500 mil mortos, elogiando as passeatas e criticando o único culpado por nossas desgraças, o “genocida”(disse que não iria tocar em política).

A salvação foi localizar o canal da Pepa Pig e ao lado do netinho acompanhar as aventuras, vendo a alegria estampada naquele rostinho inocente, que graças a Deus, ainda levará tempo para perceber as dificuldades que nosso país atravessa.

Oficialmente o inverno começou hoje as 00,32 h da madrugada, embora já estejamos curtindo um friozinho atípico aqui no Rio, com temperaturas que não passam dos 21, 22 graus, para desespero do carioca que ama o sol acima de todas as coisas.

O vento forte que tem soprado com insistência, alem de derrubar as plantas da minha varanda, aumenta a sensação térmica de um frio mais intenso, obrigando os calorentos moradores da cidade, a desentocar seus agasalhos cheirando a naftalina e as botas mofadas escondidas nos fundos dos armários.  

Com o frio, a cidade perde um pouco de sua graça, leveza, pois nosso povo gosta de pouca roupa, de corpos bronzeados, de praias cheias; se bem que nestes últimos dois anos, acossados pela peste chinesa, vivemos tempos anormais, com isolamentos e muita alegria represada.

Chegamos a metade de 2021, no início de um inverno frio como não acontecia há anos, encolhidos, arrepiados, torcendo para que as coisas melhorem e que na primavera de setembro tenhamos tempo e noticias melhores.

Ficamos na expectativa, embora com esperanças minguadas.

 

José Roberto- 21/06/21