quarta-feira, 29 de maio de 2019

QUERELAS COM A RECEITA


QUERELAS COM A RECEITA

Meu lamento é assunto recorrente, sobre o qual escrevo ao menos uma vez ao ano, pois devo ser destaque na lista da Receita Federal, não pelos rendimentos, mas sim pelas despesas médicas ou porque existe lá algum sacana que não gosta das minhas críticas ao órgão.
Estava viajando quando pintou a Intimação anual, recebida por meu filho em 09/05.
Retornando no final de semana, tentei agendar pela Internet a entrega da documentação em qualquer posto da Receita na cidade do Rio de Janeiro, não conseguindo nenhuma vaga, pois o prazo concedido terminava em 29/05, somente havendo disponibilidade para final de junho e início de julho.
Seguindo o mesmo script de sempre, compareci na segunda-feira, dia 13/05 pela manhã, ao Posto de Ipanema.
Tive que de esperar mais de uma hora, na fila dos não agendados . Chegando finalmente minha vez, o atendente, depois de pesquisar no seu terminal de vídeo, informou que somente havia conseguido uma vaga no Posto da Tijuca, dia 06/06, fora do prazo regulamentar.
Questionei o problema sendo orientado a procurar o Posto Central, na Av. Antonio Carlos, para conseguir uma prorrogação de prazo.
Fiquei puto e pedi para outra pessoa que aguardava na fila, filmar e gravar pelo celular, minha discussão com o atendente, que inclusive ameaçou me processar por estar filmando-o sem autorização.
Depois de um bate-boca e algumas baixarias, o atendente deu a entender,  que como eu tinha feito o agendamento dentro do prazo, esse prazo ficaria automaticamente estendido até o dia em que consegui a vaga.
Voltando para casa, não me convenci das explicações do merda do atendente, contatando  a Ouvidoria da Receita Federal, e expondo todo o problema.
No mesmo dia a Ouvidoria respondeu por email, informando que  não havia sido bem orientado, pois o prazo original continuava prevalecendo. Sugeria que continuasse pesquisando na Internet para ver se conseguia uma vaga, caso contrário, nos três dias que antecedem o vencimento do prazo, deveria comparecer ao Posto Central da Receita, onde seria atendido.
Fuçando todo dia pela manhã na Internet, devido a uma desistência, conseguiu uma vaga para o dia 31 de maio, dois dias alem do prazo.
Com base nessas informações e depois de ter ligado e conseguido a duras penas ser atendido por uma telefonista, fui notificado que deveria comparecer ao Posto Central entre 8,00 e 8,30 horas da manhã, para obter uma senha, para depois tentar o agendamento.
Sabendo que o numero de senhas era limitado, cheguei ao posto, ontem, 28 de maio às 6,45 horas. Procurando a fila para obtenção das senhas, fui informado por um vigilante que estava no local, que os atendimentos começariam as 9,00 h. Caso quisesse esperar, era o primeiro da fila, indicando o local de espera.
Espera fodida de duas horas e quinze minutos. Por volta da 9,00 horas, fomos orientados a entrar no prédio, em fila indiana, seguindo uma segurança obesa que nos conduziu até uma sala com pouca iluminação, onde nos acomodamos por ordem de chegada.
O vistoso prédio que já foi sede do Ministério da Fazenda, está todo cercado por tapumes e teoricamente em obras, as quais necessita urgentemente, pois o prédio como um todo está bem degradado, dando até a impressão que a noite, é povoado por fantasmas, almas de contribuintes perseguidos pela Receita.
De repente, eis que se abre um guichê bem ao estilo do século passado, onde um chinezinho ou coreano, com cabelo ouriçado e aparência de 17 ou 18 anos, que havia passado pela sala,  pede para  me aproximar para ser atendido.
Relato ao rapagote meu dilema e via sacra, ele apenas olha um calendário e escreve na minha intimação a data de 16 de junho, que seria o novo prazo.
Pedi a ele que desse uma rubrica embaixo da data, mas apesar de minha insistência negou-se a fazê-lo. Após mais uma troca ríspidas de palavras desisti, pois a fila era grande e não quis dar uma de pentelhão.
Depois de amanhã, sexta a tarde, estarei novamente no Posto para apresentar pela “milésima vez” comprovantes de despesas médicas,  despesas com plano de saúde, e cópia da certidão de nascimento e da declaração médica da doença de minha filha.
Gostaria que algum assessor de Paulo Guedes lesse meu texto, para modernizar essa droga da Receita Federal, que intima sem que haja vagas e tem o prazer de encher o saco de velhotes que gastam quase todo o salário com médicos e remédios.
Se fossem assim tão rigorosos com os políticos e poderosos, não teríamos Mensalão nem Lava-Jato.

José Roberto- 29/30/19

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