terça-feira, 14 de maio de 2019

O PROBLEMA DA(O) MALA


O PROBLEMA DA(O) MALA

Mala no Brasil, tem mais ressonância no sentido figurado que no  sentido lato da palavra.
Quem dentre nós não tem um amigo “mala”, um parente, um chefe e até mesmo uma mulher “mala”?
Os campeões nesse “sacal” quesito, são convenientemente qualificados como  “mala sem alça”, posto mais elevado dessa classe de “pentelhos”.
Em política, mala tem um sentido ainda mais relevante, principalmente para a absoluta maioria “dos abnegados” que doam seu tempo para defender o direito de seus representados(ehehehehe,acredite se quiser).
Para esses altruístas, “mala” significa bufunfa, grana, normalmente verdinhas, passadas de mão em mão em restaurantes, saguão de hotéis, aeroportos e muitos outros locais não chamativos, pois é imensa a imaginação desse naipe de corruptos.
Um dos primeiros a se notabilizar no ramo foi o ex-senador do PFL de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, mais conhecido como “o homem da mala preta.
Nos 14 anos de administração petista o numero de “maleiros” aumentou de forma estratosférica com a disseminação geral da roubalheira, a ponto desses fieis carregadores tentarem junto ao corrupto Ministério do Trabalho, a criação de um sindicato para dar maiores garantias e estabilidade aos “trabalhadores” desse sigiloso ramo de atividade, pleiteando inclusive adicional de periculosidade.
Alem de todos os tesoureiros do PT nesse longo período de trevas, dois casos de “mulas” mereceram maior destaque na mídia e nas piadas; o primeiro, do irmão do Genoino, José Guimarães, cujo assistente para disfarçar, ao invés de mala transportava a grana suja em cuecões de couro; o outro caso ridículo, foi de uma ascepone do mordomo de vampiro Temer, deputado Rocha Loures, que flagrado por câmeras escondidas, mala junto aopeito, corria feito uma gazela assustada pelas ruas do centro de São Paulo.
Mas agora o enfoque é outro.
Há pouco mais de um ano a Anac, conluiada com as companhias aéreas preparou um engodo para os passageiros, alegando que a cobrança a parte das “malas” acarretaria uma diminuição no custo das passagens.
Não sei se algum otário acreditou, pois o despacho de malas passou a ser cobrado e as passagens subiram ainda mais.
Essa semana, novo aperto das companhias aéreas, que passaram a medir com lupa e balanças de precisão, o tamanho e peso das bagagens de mão(malinhas e maletas).
Obviamente, as que não se “encaixarem” nas medidas terão que ser despachadas e pagas sem qualquer apelação.
É mais uma ferrada no bolso do usuário, se bem que alguns cretinos extrapolam, trazendo para dentro do avião verdadeiros entulhos que atravancam e atrapalham o embarque e desembarque dos passageiros.
Serão ainda permitidas(até quando?) as mochilas, um perigo para os demais passageiros, pois a maioria dos mochileiros levam em suas costas verdadeiros acampamentos, esbarrando e machucando todos que estão em seu caminho.
Entendo, que ao invés de serem tão rigorosos com a maletas de mão, deveriam canalizar esse rigor para com as mochilas, visando principalmente a segurança dos passageiros.
Quem é ainda não levou dolorosas cutucadas desses mochileiros que atire a primeira pedra.
No final, quem sempre paga o pato são os usuários.
Viva a Anac!!!

José Roberto- 14/05/19





Um comentário:

  1. O Brasil tem de obrigatoriamente regulamentar o tamanho e o peso das "maletas" de mão nos aviões. Quem ainda não sofreu com as "malas" mais esdrúxulas, tanto em tamanho e forma, quanto peso dentro das aeronaves. Isto é ponto pacífico tem de ser regulamentado. Mas, quanto as "malas de dinheiro" e "os malas", esses nunca serão cortados do cenário brasileiro, pois a corrupção aqui, na Republica Bananeira, ganha de goleada da justiça.

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