terça-feira, 12 de setembro de 2017

QUANDO O PERIGO NOS RONDA

QUANDO O PERIGO NOS RONDA

Moro no Rio há 39 anos e devo ser um dos raros sortudos que ainda nunca foi assaltado, graças ao meu “Agnus Dei” inseparável, ao meu anjo da guarda e a desconfiança normal de um caipira que passou a morar em cidade grande.
Já presenciei assaltos, escapei de tiroteio de briga entre camelôs no centro da cidade, onde uma bala perdida acertou uma pessoa na barriga; outra ocasião, na Praia do Flamengo, parado no sinal e vendo o carro atrás do meu sendo assaltado por dois bandidos, sentindo que seria o próximo, mesmo com o sinal fechado empurrei o carro que estava na minha frente, avançando o sinal e escapando dos assaltantes. O motorista da minha frente, deve ter percebido e facilitou nosso escape.
E assim vamos vivendo na cidade maravilhosa,  sempre preocupados, atentos e cautelosos, pois a violência aumentou de forma significativa nesses últimos tempos e quem bobear dança.
Até pouco tempo atrás cenas de violência ocorriam principalmente nas cidades do entorno e em alguns bairros distantes. A zonal sul, bem policiada era um relativo oasis de tranquilidade..
Atualmente, com a polícia omissa e amedrontada pelos canalhas dos direitos humanos que só defendem os bandidos, a violência chegou e se instalou de vez na zona sul, com assaltos e arrastões constantes, com os criminosos impondo a lei da selva e humilhando os cidadãos.
Transitar pelas ruas mesmo durante o dia, com brincos chamativos, colares, relógios de grife, é uma ostentação que normalmente custa caro, pois de uma esquina surge inesperadamente um “di menor” e sua gangue, que lhe arrancam seus bens com brutalidade e destemor, fugindo ma maior tranquilidade, pois a polícia e a guarda municipal são totalmente ausentes.
Sexta-feira passada, levava minha mulher ao cabeleireiro próximo ao Ponto Frio de Ipanema, entre as ruas Visconde de Pirajá e Henrique Dumont, e minha filha Maria Silvia, que iria fazer as unhas no Shoping Leblon.
Após deixar Regina em frente a Loja, continuando em direção ao Shoping, comentei com minha filha, que aquela loja do Ponto Frio já havia sido assaltada 17 vezes, conforme nota publicada dias antes na Coluna do Ancelmo.
Brinquei inclusive, que diante da frequência de assaltos, deveriam deixar camuflado um atirador de elite para liquidar os bandidos assim que adentrassem na loja.
Estava adivinhando, pois quando minha mulher voltou para casa, contou que escapou por pouco do tiroteio e de alguma bala perdida, pois o Ponto Frio estava sendo assaltado pela Décima Oitava vez, justamente no momento que  passava defronte a loja.
Disse que escutou ao menos 5 tiros, escafedendo-se rapidamente do local.  Graças a Deus ninguém foi atingido, nem seguranças,  nem transeuntes e infelizmente nem os bandidos.
É terrível essa sensação de insegurança, pois não estamos livres de uma tragédia nem mesmo nos locais de movimento intenso, no coração da zona sul, pois os bandidos cada vez mais ousados riem da policia inoperante.
Até mesmo as Forças Armadas que vieram ao Rio para acabar com a bandidagem sumiu, não dá as caras.
Nossos valentes soldados devem estar bem quietinhos nos quartéis, procurando a tal “Inteligência” tão propagada pelo Ministro falastrão, pois quem manda mesmo na cidade são os traficantes, trombadinhas, trombadões, e assaltantes de diversas especialidades, pois os produtos roubados são comercializados descaradamente pelos camelôs, que também tomaram conta das ruas e avenidas.
Infelizmente estamos sitiados.
A insegurança bate em nossa porta.
O Rio é hoje uma cidade sem lei, sem prefeito e sem governador.

José Roberto- 12/09/17


Um comentário:

  1. Pois é, como incentivar o turismo no Rio de janeiro? Amigos de São Paulo, cidade que também temos de estar atentos o tempo todo, não querem nem saber do Rio de Janeiro. Infelizmente, enquanto perdurar o pensamento esquerdista no Brasil a situação estará assim ou pior.

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