sexta-feira, 10 de março de 2017

REFORMAS, QUE REFORMAS?

REFORMAS, QUE REFORMAS?

Será que o Ministro da Fazenda acredita quando afirma que o pior já passou, que não podemos olhar a desgraça que assola o país pelo retrovisor, pois já estamos dando os primeiros passos para sair do atoleiro?
Tenho cá minhas dúvidas, pois andando pela zona sul do Rio, por ruas tradicionais de Ipanema e Leblon, pelos shopings, o que mais vejo são lojas fechadas ou avisos: “passa-se o ponto”.
Até mesmo nas lojas dos shopings mais badalados como Rio Sul e Leblon, notamos vendedoras aflitas esperando ansiosamente a chegada de clientes, que circulam pelos corredores refrigerados, dando uma espiada nas vitrines e seguindo em frente.
Movimento apenas em pontos de vendas de café e principalmente sorvetes, que apesar de caros até que vendem bem, segundo minhas observações.
Até no supermercado que freqüento todas as quartas feiras, notei que caiu bastante o movimento, a começar pela facilidade de encontrar vagas na garagem.
Há uns dois anos atrás, entre os dias 25 e 5 de cada mês, o supermercado estava sempre lotado, com fila de espera até na rua para adentrar a garagem, sem falar na demora para atendimento nos caixas.
Ultimamente tem sido uma tranqüilidade, sinal de que as coisas estão realmente feias, pois comida é a última coisa em que se faz economia.
Com o estado quebrado, prefeitura indo pelo mesmo caminho, desemprego as pampas, assistimos a lenga-lenga do governo e do Congresso em busca das imprescindíveis reformas.
Reforma da Previdência, reforma Tributária, reforma Política, muita conversa, jogos de interesses e pouca efetividade,
Como o principal tema do momento é a reforma da Previdência, assisti ontem uma entrevista do Ministro da Economia, Henrique Meirelles, na qual foi sabiamente questionado por uma repórter, perguntando a razão pela qual essa reforma não começa pelos políticos, pelos ex-governadores que se aposentam com pouquíssimo tempo de contribuição, com salários integrais alem de inúmeras vantagens?
O Ministro, com aquela sua fala mole e embolada desconversou, disse que estavam analisando o problema dos militares e blá, blá, blá, não falou porra nenhuma.
É mais que óbvio, se nessa pretendida reforma fossem extinguidas as exceções absurdas e todos se sujeitassem ao mesmo regime, com certeza, por mais dura que fosse, seria bem mais deglutível e aceita por todos.
Enquanto houver “homens incomuns” e classes especiais, fica difícil aceitar as atuais propostas indecentes de reformas.
É uma tristeza, mas o privilégios permanecerão incólumes e o povão arcará na marra com os novos encargos.

José Roberto- 10/03/17


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