quinta-feira, 2 de março de 2017

O MULA E A MALA

O MULA E A MALA

Com todo o desrespeito que trato em meus textos os políticos, seus agregados e cupinchas, essa confissão antecipada de José Yunes cheira mal, muito mal.
Esse Yunes é cobra criada, político matreiro sem expressão, que sempre conseguiu mandatos graças aos amigos em postos chaves, pois até como quarto suplente conseguiu ser deputado federal.
Advogado, colega e amigo do nosso Presidente tampão, ao pressentir que o delator da Odebrecht entregaria de bandeja acertos com o então vice e presidente do PMDB, antecipou-se aos fatos, declarando que inocentemente, havia servido de “mula” para o Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que nem mesmo conhecia.
Muito estranho. Um político que você não conhece(?), te liga e pede para receber um pacote ou uma mala de um outro estranho, em seu escritório, para ser encaminhada ao presidente do PMDB na época, por sinal, seu grande e velho amigo Temer?
Alem de receber o pacote, Yunes troca confidências com o portador da “mala”, que o coloca a par da mumunhas que está tramando, para comprar deputados e eleger Eduardo Cunha Presidente da Câmara Federal.
Conversa estranha, muito estranha!!!
Para completar a xaropada, Yunes não se recorda do tamanho do pacote ou da mala. Acredita que era pequeno para conter os 10 milhões de reais mencionados na delação do distribuidor oficial de propinas da Odebrecht.
O velho advogado matreiro antecipou-se aos fatos, consultando sua bola de cristal, adivinhando o que seria delatado por Cláudio Melo e entregando tudo de “boa vontade”  aos promotores que investigam o Lava-Jato.
Ora, ora, ora, essa história está mesmo muito mal contada, pois Eliseu Padilha jura também que nunca pediu nenhum favor ao José Yunes, mas como a “coisa” fede, pediu licença do importante cargo que ocupa, justamente para recauchutar o “breoco”.
Com um ministro pentelho do STE fazendo de tudo para cassar a chapa Dilma-Temer, solicitando depoimentos do ex-Presidente da Odebrecht e de outros diretores, para cruzar informações e checar doações escusas, a “batata” do nosso Presidente está assando.
Não fosse a morosidade que domina nossos tribunais superiores e a condescendência de Gilmar Mendes(Presidente do STE), a batata “esturricaria” ainda este ano, mas, contudo, todavia, etecetera e tal,  o julgamento final do processo somente se dará, após Temer concluir seu trôpego mandato.
Tudo leva a crer que essa jogada do Yunes, tenta limpar a barra do Presidente.
O que não sabemos, é se foi uma combinação de todos os envolvidos, ou apenas da velha dupla dinâmica.
Mas que tem “gato na tuba”, têm!!!

José Roberto- 02/03/17



Um comentário:

  1. Tudo foi combinado entre todos os participantes, inclusive a antecipação do José Yunes. Só que esse fato, um verdadeiro imbróglio, mais parece o Samba do crioulo doido do Stalislaw Ponte Preta. Que falta faz o Stanislaw!

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