quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O DECANO

O DECANO

Até o julgamento do Mensalão, tinha alguma admiração pelo Ministro Celso de Mello, que aparentava apoiar a cruzada do Presidente do STF Joaquim Barbosa, contra a quadrilha petista que havia corrompido ainda mais nosso carcomido Congresso.
Celso de Mello falava bonito, classificando a roubalheira do Mensalão como crime hediondo, metendo o cacete com gosto nos petistas nojentos que faziam parte dessa grande conspiração de lesa pátria.
Mas na hora H, quando se discutia a revisão das penas da canalhada petista, com seu voto de desempate, abriu a pernas para os corruptos, facilitando o trabalhos de Toffoli, Lewandovisk e companhia, que deram um jeitinho de amenizar as penas dos safados.
A atitude de Celso de Mello me fez lembrar da história que um contador já falecido costumava repetir: “Ele conhecia um fiscal da Receita Federal e sempre dava um jeitinho para que o dito cujo inspecionasse algumas empresas enroladas, que estavam sob sua responsabilidade. Esse fiscal escrevia um auto de infração esculhambando a empresa e seus dirigentes, metendo o cacete em suas práticas contábeis, enfim, falando mundos e fundos, mas no final, aplicava uma multa de valor simbólico que deixava todos satisfeitos, zerando a situação fiscal da empresa”.
Essa tem sido a toada do “Decano”, finge que é duro, mas sempre dá um jeitinho de votar de forma marota, ficando em cima do muro, talvez procurando evitar desgastes.
Chegou a suspender mandado de prisão contra um criminoso que matou e enterrou a mulher, já condenado em segunda instância, contrariando entendimento do próprio STF, justificando seu ato com um longo e melífluo parecer, numa das raras ocasiões em que se expôs com seu ato temerário.
Chamado a relatar o “Caso Angorá”, flagrante manobra do engomado Presidente Temer para blindar seu amigo Moreira Franco com o foro privilegiado, novamente frustrou as expectativas dos brasileiros honestos, mantendo o “Bichano” como ministro e lhe garantindo as regalias do foro especial,
Obviamente justificou sua posição com um longo e detalhado arrazoado, citando leis, Constituição e a famosa presunção de inocência de um político que todos sabem, deve ter perdido a inocência logo que saiu do berço.
E assim o “Decano” vai enrolando, fingindo ser aquilo que não é.
Está mais que na hora do Ministro pegar o boné e voltar para Tatuí(achava que ele era mineiro).

José Roberto- 16/02/17


3 comentários:

  1. Este "Gato Angorá" não é mole não. As denuncias contra ele começaram em 2003 com a operação ANACONDA. há mais de 13 anos e o seu filho Pedro Moreira Franco, foi de trainee a diretor na Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht; coincidência número 1: nesse período a Foz do Brasil, que pertence ao grupo, recebeu um aporte entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões do FI-FGTS, que era pilotado pelo ministro; coincidência número 2: nesse mesmo período, a Embraport, também da Odebrecht, recebeu aporte de R$ 450 milhões.

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  2. Foi de trainee a diretor em cinco anos.

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