quarta-feira, 30 de março de 2016

SUSSURROS, GEMIDOS E CASOS DO CONDOMÍNIO

SUSSURROS, GEMIDOS E HISTÓRIAS DO CONDOMÍNIO

A vida de síndico não é fácil.
Afirmo por experiência própria, pois exerço a sindicatura em nosso prédio há oito anos seguidos.
Num edifício, com uma salada de inquilinos, tanto do ponto de vista de grana, escolaridade e educação, surgem problemas de todos os tipos, alguns até surreais, difíceis de entender e intermediar.
Por conta da minha interferência forçada em algumas dessas picuinhas, já tenho dois ou três desafetos declarados, pois como já frisei inúmeras vezes, sou um adepto da rotina e da obediência às normas internas, não perdoando transgressões, por menor que sejam.
Sou o típico síndico chato.
Li esta semana na Revista Isto É, uma pequena nota que ilustra as situações ridículas e hilárias que podem ocorrer nos condomínios.
Em São Paulo, capital, a assistente social Rejane de Albuquerque, síndica de um edifício, convocou assembléia extraordinária com a finalidade específica de proibir, nas dependências do condomínio, ruídos indesejados, tais como sussurros e gemidos, emitidos durante o ato sexual.
Inconformados, os moradores atribuem a essa medida extrema, um sinistro desejo de vingança da síndica, que há tempos atrás, quando era simples moradora, empolgou-se demais durante a copulação, emitindo gemidos e gritos que ecoaram por todo o prédio.
A empolgada copuladora sofreu grande constrangimento na época, pois teve que interromper seu ato de paixão devido a interferência do sindico e conselheiros, que imediatamente foram até seu apartamento para exigir silêncio, solicitando a fogosa assistente social que trepasse na surdina, abafando seus sussurros e gemidos lânguidos.
Portanto, os condôminos revoltados, alegam, que agora como síndica, Rejane quer dar o troco.
Espero que a Revista acompanhe o desenrolar do assunto, publicando notícia sobre o resultado da assembléia.
Tivemos um caso clássico em nosso prédio.
A Texaco, multinacional americana do petróleo, mantinha um apartamento alugado, que era cedido a um de seus diretores.
Um deles, por sinal do Texas, era semanalmente servido por uma jovem portuguesinha, bem interessante(cruzei com ela algumas vezes), funcionária da empresa, que dentre suas funções, acredito que a princicpal delas, era saciar o apetite sexual do diretor, cuja mulher ficou nos esteites.
Os vizinhos mais próximos sabiam quando a farra estava terminando, pois o impávido texano, supostamente cavalgando a portuguesinha, dava gritos e urros tipos iahuu, aiou silver, came on baby, etc,
Por fatalidade, ou talvez devido aos excessos carnais, esse diretor veio a falecer pouco tempo depois.
Com a chegada do sucessor, também do Texas, a portuguesinha voltou a freqüentar o prédio, servindo com precisão e eficiência o sequioso forasteiro.
Coincidência ou não, pouco tempo depois, o danado também bateu as botas.
O apartamento, com pecha de azarado, não teve sua locação renovada pela multinacional.
Quanto a portuguesinha, gostaria de saber que fim levou.
Será que foi despedida por justa causa, por exigir demais dos gringos velhotes ou por ter em suas partes baixas, o perigoso veneno do escorpião?
Para quem não sabe, esclareço, que a fêmea do escorpião mata o macho com uma potente ferroada, logo após a conclusão do ato.
ET. Por enquanto, em nosso condomínio, gemidos e sussurros ainda não foram proibidos.

José Roberto- 24/03/11

NOTAS: 1-CONTINUO COMO SÍNDICO DO PRÉDIO
2-TEXTO RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIÃODOZE, HÁ CINCO ANOS.


José Roberto- 30/03/16

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