sexta-feira, 7 de agosto de 2015

VELHO, MEU QUERIDO VELHO!

VELHO, MEU QUERIDO VELHO!

Velho, meu querido velho. Agora caminhas lento, como perdoando o vento.
Eu sou teu sangue meu velho”...
Essa música, cantada por Altemar Dutra sempre me comove. O compositor argentino que a criou, realmente, estava em estado de graça.
“Pai” é outra canção que me toca profundamente, obra prima de Fábio Júnior. Ao reler a letra, no exato momento em que escrevo esse singelo texto, quase chego as lágrimas.
Pai, pode crer, eu to bem eu vou indo, estou tentando, vivendo e pedindo, com loucura para você renascer.”
Não tenho vergonha de expor sentimentos que transbordam do meu coração, nem que me julguem piegas, ou ridículo.
Duas musicas maravilhosas, que nessa data, véspera do dia dos pais, ganham em significado e importância.
Quanta lembrança, quanta saudade, uma dor no peito, um vazio impossível de ser preenchido.
Hoje, com quase a mesma idade do meu pai quando partiu, para ocupar  importante posto lá no céu, onde chegou com pompa e circunstância, ocupando uma cadeira especial a direita de São Pedro, causando até uma pontinha de ciúmes  entre os anjos e santos, lembro de Tonico, não como um herói, mas como um inesquecível amigo.
Difícil encontrar novos adjetivos para enquadrar a pessoa maravilhosa que foi meu pai, pois ao longo desses anos, sempre lhe dediquei algumas “mal traçadas linhas”, esgotando praticamente meu limitado vocabulário.
Quem teve a felicidade de o conhecer, sabe que Tonico foi uma pessoa especial, uma alma pura, um homem correto, honesto, desapegado dos bens materiais, cujo maior sonho foi sempre estar junto da família, desejo concretizado até sua gloriosa subida aos céus.
Pelas situações que já vivi, pelos apertos que passei, jamais deixei de sentir em meu ombro o toque indelével e protetor de suas mãos, pois lá do alto, Tonico continua atento, zelando pelos seus, com poderes e recursos especiais.
Ao longo de minha vida tentei repassar aos filhos, as lições e exemplos com que fui privilegiado, sem ter a pretensão e os méritos do meu querido velho.
Contudo, tenho ampla convicção que me desdobrei, tentei ser um bom pai, lutei para dar o melhor a meus filhos e continuo me esforçando até hoje, tentando ser menos ranzinza, muito mais amigo, pois os filhos são nossas eternas crianças.
Nessa data importante que não deixo passar em branco, como observador privilegiado, acompanho o aprendizado, o carinho e o amor , concedidos de forma tão generosa  pelo pai Bruno,  a minha querida netinha.
Ao exercer a verdadeira paternidade, extraímos de nossa alma o mais belo sentimento, amor em estado puro, decantado no coração e transbordado em nossos atos.
“Bença pai!”


José Roberto- 07/08/15

2 comentários:

  1. Caro Zé
    Como acontece todos os anos, você nos brinda com um texto simples, mas belo e pungente.
    Um abraço e feliz dia dos pais.
    Pedro Paulo

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  2. Extremamente importante lembrar nossos pais, que no próximo domingo terão o seu dia de comemoração. Mas, a melhor recordação é esta agora, lendo a bela crônica que escreveu, relebrando o seu pai, que por extensão relembro também o meu. Obrigado e um bom dia dos pais para todos!



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