segunda-feira, 16 de setembro de 2013

VOTO DE MINERVA

 VOTO DE MINERVA

Duas noites mal dormidas por causa dessa droga de julgamento, que por mais me esforce, insiste em ficar martelando em minha cuca.
Até mesmo ontem, após disputada peleja em nossa quadra, reformada, novinha em folha, onde fui derrotado graças a ruindade do meu obeso parceiro, Luiz, o bicão, gastamos um tempão argumentando sobre o dilema do Ministro Celso Mello.
Vejam a que ponto chegamos.
Numa hora e num local sagrado, templo de degustação de cervejas, de comentar sobre as gostosas de ocasião, alem de fofocar e falar mal dos parceiros ausentes, perdemos nosso precioso tempo tentando fazer adivinhações, pois esse Ministro está nos deixando encucados.
Gostei muito da postura do Ministro Gilmar Mendes e de sua argumentação racional e lógica, porem me deslumbrei com a peroração petulante do Ministro Marco Aurélio Mello, que de uma forma levemente galhofa demonstrou o absurdo da questão.
Se no STF, um tribunal de instancia inferior, não são admitidos embargos, mesmo em condenações onde o réu tenha obtido numero expressivo de votos favoráveis, como admitir, que na mais alta corte do país, um criminoso, depois de julgado e condenado, tenha a chance de um novo julgamento porque contou com o voto de alguns ministros por demais compreensivos?
Como brincou o Ministro Marco Aurélio: “Talvez, exista essa hipótese, porque os juizes do STF careçam de experiência e confiabilidade”.
Aceitar os embargos infringentes é aceitar essa hipótese esdrúxula, se bem que as ultimas indicações para o STF, deixem muito a desejar.
Marco Aurélio deu uma lição ao “novato” Barroso, um almofadinha petulante que fala asneiras com um vocabulário pomposo, esquecendo, que o dever primordial da justiça é servir e atender os anseios do povo.
A palavra final está com o Ministro Celso Mello, homem correto, que ao longo de vinte e quatro anos no Tribunal sempre proferiu seus votos e sentenças com serenidade, adquirindo sólida reputação.
O Ministro Celso de Mello, apegado aos conceitos éticos e se pautando na Constituição, não pode se deixar levar por uma aberração regimental, uma incongruência, conforme destacou o Ministro Marco Aurélio.
Acredito que o Ministro esteja refletindo e reexaminando suas posições, tendo em vista o clamor da sociedade que ânsia por justiça, que pela primeira vez está alcançando os graúdos.
Convem salientar, que levamos anos para construir uma reputação sólida, mas basta apenas um ato impensado para perdê-la de vez.
Senhor Ministro: Como o decano do STF, pense, repense, reflita novamente, não tenha pudor em rever posições anteriores, baseadas em filigranas técnicos de um regimento caduco.
Vote com o coração de um brasileiro honesto, determinando que a justiça prevaleça.
Não passe para a história como um destruidor de sonhos e de esperanças.
Por favor decano Ministro, “não nos de o cano”.


José Roberto- 16/09/13

5 comentários:

  1. Acredito que a justiça será feita, pois com certeza, o Ministro Celso de Mello não permitirá que esses bandidos escapem ilesos, pois já havia sido contundente em suas declarações, na época do julgamento.
    Por um detalhe ilógica, não se vergará a força dos ímpios.

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  2. Vamos ser otimistas.
    O bom ministro não vai negar fogo na hora H.
    Vai mandar os mensaleiros diretos para cadeia.
    Precisamos acreditar e ter fé.

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  3. Bom dia, infelizmente não tão otimista quanto ao que esperam do Ministro Celso de Mello. Seria surpresa ele não votar de acordo com o seu voto anterior. Mas de certa forma caso haja o voto a favor dos embargos, nos resta prepararmos para muitas turbulências pela frente...É rezar e esperar....

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  4. O resultado do Julgamento do mensalão pouco importa. O STF já perdeu. E a tendência é piorar com a aposentadoria do decano Celso De Mello, pois mais um “bolivariano” subirá ao cargo. O julgamento do mensalão escancarou para a população a parcialidade no julgamento.

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  5. Ouvi a entrevista do Ives Gandra da Silva Martins advogado tributarista, professor e jurista brasileiro, colocando que acredita que o Celso de Mello irá votar contra os embargos infringentes.

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