NATAL

 

NATAL

 

Apesar do período conturbado que atravessamos, ao se aproximar o Natal temos que fazer uma abstração, deixando de lado momentaneamente, as sérias preocupações que nos afligem.

Não é tarefa fácil, pois com dinheiro curto, inflação batendo em nossa porta, produtos natalinos custando os olhos da cara,  resquícios da Covid e suas cepas nos atormentando, temos que nos virar, desviando nossos pensamentos para coisas e situações agradáveis que o Natal sugere.

O Natal é uma comemoração de alegria, da família reunida, dos abraços apertados, da felicidade compartilhada entre pais, irmãos, filhos, netos, amigos chegados, de todos os que nos são caros, que puderam se juntar nessa data solene.

Infelizmente algumas importantes ausências são sentidas e lamentadas, quer pela distância física e razões de força maior, ou pela falta corporal dos entes queridos que já se foram, que certamente de onde estiverem, acompanham e partilham das comemorações e da nossa felicidade.

O prazer de constatar a alegria das crianças , ansiosas por abrir os presentes trazidos por Papai Noel, que sempre costuma aparecer em nossa casa, não muito tarde , na véspera, com pouca luz no ambiente, deixando os pequenos levemente assustados e os maiores com sorrisos marotos nos lábios, tentando descobrir quem se fantasiou de bom velhinho.

Não esqueço, que há tempos, numa das vezes que desempenhei o papel, minha filha caçula(Fê), na época com uns 7 anos, olhou bem para mim, comentando com os primos, “parece meu pai, mas ele não tem cabelos brancos”. Tinha colocado talco, pois ainda eram pretinhos.

Talvez essa mesma dúvida volte a ocorrer com os netinhos queridos na noite de amanhã, Letícia(acho que não, pois está muito sabida) e com Otávio, que certamente vai querer distância do velhinho, pois é arisco com estranhos adultos.

Árvore armada, presentes embrulhados, as comidas já em fase de preparo, no capricho, pela nossa temperamental assistente Vanderléia, frutas natalinas bem arrumadas, tudo quase pronto, aguardando Fernanda, Bruno e os netos.

Fazem muita falta os avós, que nos acompanham lá do alto, o irmãos, envolvidos em seus próprios núcleos familiares, mas  embora sejamos um grupo pequeno,  o amor e a alegria que nos une é imensa.

Espero que esses sentimentos se irradiem por todos meus queridos parentes e amigos, próximos e distantes, que os desejos e promessas de futuros encontros não se esvaziem, mas que pelo esforço mútuo brevemente se concretizem.

Desejo portanto a todos, aos que conheço, aos que não conheço mas me conhecem pelos meus textos, a todos que tem a santa paciência de me acompanhar, um ótimo Natal, bem melhor que os últimos.

Que a chegada do Advento prenuncie tempos melhores para todos.

Não vou terminar um texto impregnado de amor com a frase usual.

Feliz Natal!

 

José Roberto- 23/12/21